Trailer de "Wilde Salome", de Al Pacino

18:52:00 Unknown 2 Comments

Não é a sua primeira obra como realizador, mas o protagonista do épico "Scarface", Al Pacino, vai desta vez brindar-nos com um filme que entra num campo mais intimista da personalidade escolhida, o seu nome é "Wilde Salome". A película centra-se no trabalho mais controverso e polémico interpretado por Óscar Wilde - "Salome".
No entanto, a presença de Al Pacino com a película’ estará fora da competição do festival de Cinema de Veneza. Mesmo que venha a ter a sua estreia mundial na mesma.
É de facto um filme que promete, cujo argumento ainda tem mão de Oscar Wilde, rescrito por Pacino, no qual o actor interpretará a personagem principal.

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A última Cena

15:56:00 Unknown 0 Comments

Conseguem identificar todas estas personagens memoráveis que rodeiam uma das mais famosas actrizes de todos os tempos?

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"Puss in Boots" publicita-se!

06:31:00 Unknown 0 Comments

As maravilhas do markting no cinema continuam a dar que falar, desta vez é o vídeo viral de "Puss in Boots" que arrasa com um número bem significativo de visitas. Acompanhado da personagem que cativa bastante e que parece ser uma excelente aposta para o seguimento dos filmes do género que começaram em Shrek pela mão da Dreamworks. Fica então o vídeo, que promete surpreender.

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Especial: «A receita de Balas e Bolinhos»

01:59:00 Unknown 2 Comments


A convite da produtora Lightbox, o Cinema's Challenge assim como outros blogues e revistas de cinema foram conhecer os estúdios onde foi rodado o próximo, e último, "Balas e Bolinhos". Após visitar as instalações, foi possível falar com os actores e alguns membros da equipa técnica. Como tal, dada esta oportunidade, nos próximos dias saírão conteúdos relacionados com o filme. Por isso, fica aqui uma das entrevistas realizadas ao cast. Neste caso, a Jorge Neto, que interpreta uma das personagens mais famosas e acarinhadas pelos fãs, o popular Rato.


Um agradecimento especial a Nuno Reis, autor do blogue Antestreia, que filmou a entrevista.
O espaço pede também desculpa pelas dificuldades técnicas de som, mas foi algo impossível de contornar, estou a tentar criar um podcast de apoio.Obrigada pela compreensão.

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Tela Clássica: I am Curious - Yellow

19:13:00 Unknown 1 Comments

Mais conhecidos como símbolos cinematográficos da libertação sexual, "I Am Curious" são um par de filmes semi-experimentais realizados pelo sueco Vilgot Sjöman. No primeiro e mais notório, I Am Curious - Yellow (Jag är nyfiken - gul), conhecemos o mundo através dos olhos da jovem Lena (Lena Nyman), uma revolucionária incipiente cuja sexualidade e curiosidade inata levam-na a uma viagem pelo país. Lena começa um relacionamento apaixonante, mas problemático, com o vendedor de carros Börje Ahlstedt (repetido no filme e na vida real um triângulo amoroso com o realizador Vilgot Sjöman bastante tumultuoso), e as suas experiências vão desde fins-de-semana idílicos pelo campo até um despertar sexual numa clínica de saúde para reaccionários.

A história de Lena continua com "I Am Curious - Blue" (Jag är nyfiken - bla), como um estudo muito menos controverso da sociedade sueca, através de normas sociais, sistema penal, e pela doutrina religiosa e relações domésticas.“I Am Curious – Yellow” tornou-se num dos filmes mais controversos da década de sessenta, por incluir inúmeras cenas de nudez e encenação sexual. Numa cena particularmente controversa, Lena beijou o seu amante no pénis. Devido a isto, o filme foi apreendido e proibido pelo governo americano e julgado em tribunal por obscenidade sexual, e ficou com a fama de ser um filme pornográfico, o que era de todo injusto. “I Am Curious – Yellow” é um retrato bem-intencionado e honesto sobre a busca de uma jovem pela sua identidade, num cenário político confuso em plena década de 1960, na Suécia. Algumas das imagens no filme foram, sem dúvida, chocantes para o período pré-“Deep Throat” na América, mas, tendo sido lançado num período de maior libertação sexual, as poucas imagens escaldantes do filme acabam por ser encantadoras aos olhos humanos modernos . Na verdade, o filme comparado com o cinema actual, acaba por não ser nada obsceno.

A batalha judicial que opôs o realizador Sjöman ao governo americano durou vários meses, até o tribunal decidir a favor do realizador sueco. Quando “I Am Curious – Yellow” estreou finalmente nas salas de cinema, tornou-se num êxito. Tornou-se no filme em língua estrangeira mais visto nos Estados Unidos e deteve esse record durante 23 anos. Marcou um ponto de viragem nas atitudes dos Censores para com a censura sobre a nudez na grande tela e foi seguido por filmes como “Midnight Cowboy”, “O Último Tango em Paris" e, por fim, “Garganta Funda”.


Pelo convidado: Francisco Rocha
Ao mesmo, esta semana, está de Parabéns, por comemorar duplamente dois aniversários - o seu e o do seu espaço, o blogue My One Thousand Movies.

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Guess

11:00:00 Unknown 2 Comments

Para alguns o amor é eterno, um vício, um jogo...O verdadeiro amor pode ser duro, pode ferir, pode apenas triunfar após a morte. É o caso deste filme, que se distancia muito do cinema americano e que há muito se centra em clichés em vez de apostar em novas histórias com um cast absolutamente delicioso...Visto isto, conseguem adivinhar a que filme pertence esta magnífica cena?

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Cinema na Publicidade

21:17:00 Unknown 0 Comments

Porque a magia do cinema também chega à publicidade. Vejam este spot, uma verdadeira homenagem a uma das sagas mais admiradas de todos os tempos.

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Cenas que ficam

15:53:00 Unknown 0 Comments

Quem não recorda esta cena que invadiu e marcou a infância de qualquer fã dos filmes da Disney? Sempre que revejo o "Rei Leão" tenho sempre aquela vontade de que este momento seja diferente...

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"Crazy,Stupid,Love" scenes

10:33:00 Unknown 0 Comments

Deixo-vos aqui mais um vídeo da comédia romântica mais aguardada do momento (pelo menos por mim), "Crazy, Stupid, Love" desvenda assim mais alguns pormenores, desta vez, relativamente às personagens. Este é mais um vídeo em primeira mão, cortesia da Warner Bros.

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Agora a vítima é Pinhead

12:08:00 Unknown 3 Comments

Quando vi esta notícia, pensei : Isto só pode ser a gozar! ...Mas afinal é mesmo verdade. Parece que depois de "Pesadelo em Elm Street" é a vez de "Hellraiser" sofrer os 'males' de um reboot bastante foleiro.

Para os que não conhecem os filmes da personagem memorável do cinema de terror, Pinhead, pode não parecer uma notícia com grande relevância. Todavia para os que conhecem, acredito que a reacção seja a mesma que a minha. Relembro a tentativa, infeliz, de "Hellraiser : Bloodline" de 1996 e a 'brincadeira' de 2000, baseadas na obra de Clive Barker de 1987.

É de ressalvar que este trailer é dos piores que vi relativos à saga, será realizado por Victor Garcia (de "Mirror 2"), além de que ao que parece o filme não tem grande ligação, tirando a personagem, com os restantes já realizados até hoje. Ainda bem que será lançado directamente para DVD.

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"Carnage", de Roman Polanski

10:28:00 Unknown 0 Comments



Roman Polanski tem um novo projecto. Jodie Foster, Kate Winslet e Christoph Waltz fazem parte dele. O seu nome é "Carnage" e será uma comédia dramática. O filme parece bastante carismático, nem que seja pelos nomes chamativos no caste e realização.

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“A montagem como actividade invisível”

21:58:00 Unknown 5 Comments

João Braz, editor de filmes, explica-nos em que consiste a sua profissão e fala-nos dos diversos projectos em que já colaborou

Com mais de 18 anos de experiência em edição, João Braz continua ainda hoje envolvido em vários projectos, quer de cinema, quer de televisão, de grande importância no panorama português. Filmes populares como “Kiss Me”,”Alice”, “O Crime do Padre Amaro”, “O Contrato”, “Como desenhar um círculo prefeito” e o “Filme do Desassossego” constam no seu currículo. Mas não foi apenas na edição que trabalhou, também a escrita e realização foram outrora merecedoras da sua atenção com o seu primeiro projecto, uma curta-metragem, "Mergulho no Ano Novo".


1-O que o levou a querer ser editor? Está relacionado com a sua paixão pelo cinema?
De início, fui tirar o curso de cinema da ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema -, que funcionava no conservatório, por gostar do ambiente artístico da escola. Porém, não tinha um interesse específico em cinema na altura, mas pareceu-me um curso que eu poderia frequentar mais facilmente do que representação ou música. E assim aconteceu. Mais tarde, quando entrei no mundo do trabalho, acabei por começar a laborar como estagiário na "Caixa" de Manoel de Oliveira. E foi a partir daí que iniciei como editor a minha profissão, há 18 anos, que ainda hoje continuo a adorar. Por isso, quando agarro um novo projecto, início cada novo filme como se fosse o primeiro.
A escolha da função de editor tem uma explicação também. Ora bem, diz-se que a montagem é a única verdadeira invenção do Cinema e está no centro das principais decisões criativas do filme. É uma função muito rica, onde se tomam milhares de deliberações, como por exemplo: escolher qual a melhor take de um actor, onde se fazem os cortes dos planos, que raccors são importantes, ou outras mais profundas, como mudar a estrutura toda de um filme ou como desenvolver o ritmo de um filme a partir do modo como se monta um filme.
Como ‘montador’, é fundamental compreender o realizador do filme e os seus objectivos para o filme. Tento sempre colocar-me na sua pele e proporcionar-lhe soluções de acordo com o que acho que ele pretende para o seu projecto. Isto não me impede, todavia, de ser objectivo na avaliação do material, mas tento-o fazer sempre olhando para esse material como se o fizesse pelos seus olhos [do realizador]. Ninguém faz uma boa montagem contra ou ignorando o que o realizador pretende, nem contra o material que foi filmado. Devemos sempre seguir o caminho que esse material nos indica.
Já fiz montagens muito diferentes entre si, de realizadores completamente opostos em termos formais, narrativos e pessoais, no entanto esforço-me sempre por tentar estar o mais próximo das suas ideias, dos seus interesses e receios em relação ao seu filme. Em suma, é a maior satisfação desta profissão sentir que contribuímos decisivamente para fazer o filme que o realizador desejava.

"Ninguém faz uma boa montagem contra ou ignorando o que o realizador pretende, nem contra o material que foi filmado"

2 - O seu primeiro trabalho foi, curiosamente, em 92 com a curta "Mergulho no ano novo", não como editor, mas, sim, realizador, como surgiu este desafio?
Na escola de Cinema tinha oportunidade de realizar alguns filmes e esta foi a melhor oportunidade e altura para aprender."Mergulho no Ano Novo" foi assim um filme extra-curricular em 16mm da Escola de Cinema que co-realizei com Marco Martins e que ganhou o prémio de melhor curta portuguesa no festival de Vila do Conde.

3 - Quais os trabalhos que considera mais importantes em que se envolveu?
Já fiz mais de cinquenta filmes assim como séries de ficção e publicidade e aprendi muito com todos estes trabalhos. Há alguns filmes que me marcaram mais, mas é difícil distinguir as razões puramente profissionais das afectivas, o que é normal por nos envolvermos durante meses com um projecto e com os realizadores. De qualquer modo, gostaria de destacar os filmes que fiz com o Marco, "Alice" e "Como desenhar um círculo perfeito", tal como os cinco filmes que fiz com o João Canijo entre eles "Ganhar a vida", "Noite escura", "Fantasia Lusitana" e " Sangue do meu sangue", que vai estrear este ano. Ou ainda os filmes que fiz com o João Botelho entre os quais o "Filme do Desassossego".
Mas repito que a maior parte dos restantes filmes que editei foram também muito, muito gratificantes.

4 - Tem em mente mais algum projecto do género?
Penso que não…Gosto muito de editar e não tenho uma vocação de realizador, cuja combinação de talento e determinação tem de ser muito especiais e únicas, mesmo que já tenha tido essa experiência.

5 - A montagem é uma das fases mais importantes e que pode determinar ou não o sucesso de um filme. Visto isto, como descreve a sua profissão comparando com outras dentro do mesmo meio?
Não gostaria de destacar a montagem, apesar de ser uma das áreas onde se tomam mais decisões que contribuem para o resultado final de um filme. Pois, o cinema é uma actividade cujo resultado do trabalho em equipa é extraordinário e que depende essencialmente dele.

6 - Tem algum profissional da sua área que admire em especial?
As pessoas que qualquer editor deve admirar foram aquelas que inventaram a linguagem cinematográfica; realizadores como Griffith, Eisenstein, Vertov ou Godard. Gostaria de referir Dede Allen, que foi a primeira pessoa que teve direito a ter o seu nome sozinho num genérico como editor(a) em "Bonnie and Clyde". E por isso faço as dela minhas palavras para falar sobre a edição: "Editing is like writing with shots. And writers are people who change their ideas all the time. Ideas evolve. They’re not bound by a formula."

7 - Acha que o público percepciona o resultado final do seu trabalho?
A montagem sempre foi conhecida como uma actividade "invisível". Esta classificação tinha dois sentidos, por um lado no cinema clássico a montagem centrava-se em criar a ilusão de que um filme era uma acção contínua, por outro lado é muito difícil avaliar o trabalho de montagem pela simples razão de que espectador não tem acesso ao que era o material filmado antes de ser montado: não pode saber se existiam outras takes, se os cortes podiam ser feitos noutros sítios, se a ordem das cenas era prevista no guião, entre outros aspectos. Sendo assim, para avaliar uma montagem era necessário conhecer o que [já] não está lá. Claro que podemos sempre avaliar alguns sinais como o ritmo, os raccords, mas não é um trabalho tão fácil de apreciar como espectador tal como é a fotografia ou a representação.

"No cinema não existe uma carreira como em outras profissões, o nosso percurso somos nós que fazemos pelas escolhas e oportunidades que temos e esse percurso irá ser sempre único."

8 - Entre o cinema e a televisão, qual achou o formato mais gratificante? Normalmente gosto mais dos filmes, mas fiz séries de tv que gostei muito como "Bocage","O dia do regicídio" ou "Republica". Fiz também muitos filmes publicitários que gostei muito de montar, por exemplo:
E, por tudo isto, mesmo existindo preferências pessoais, penso que é importante encararmos todos os projectos que temos como os mais importantes da nossa vida profissional, seja o formato que for adoptado.

9 - A entrada no mundo do cinema em Portugal é difícil? Já pensou em rumar para o estrangeiro para continuar a exercer a sua profissão?
Fazem-se muitos poucos filmes em Portugal e toda a actividade audiovisual é escassa para a quantidade de pessoas que querem trabalhar. Tive sempre a sorte de ter trabalho regular, apesar de ter trabalhado fora de Portugal esporadicamente. Porém, penso que é importante termos desafios constantemente e aconselho os mais jovens a não terem receios de procurar fazer filmes em qualquer parte. No cinema não existe uma carreira como em outras profissões, o nosso percurso somos nós que fazemos pelas escolhas e oportunidades que temos e esse percurso irá ser sempre único.

10 - Se pudesse escolher outro cargo relacionado com cinema continuaria a ser o de editor?
Sim. Esta é a profissão que escolhi e que continuo a adorar. Quando não tiver oportunidade para a exercer ou se acordar um dia farto de editar, de certeza que encontrarei outra onde possa contribuir criativamente.

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"Take This Waltz", de Sarah Polley

21:09:00 Unknown 0 Comments

Uma dupla improvável. Um drama romântico, que pelos teasers parece ter pouco de drama, que junta Seth Rogen e Michelle Williams num filme pouco convencional. Para já, sabe-se pouco da película, apenas que é adaptada do livro homónimo e, que além de ter sido escrita, será realizada por Sarah Polley.






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"The Walking Dead": Eles andam por aí...

11:22:00 Unknown 3 Comments

É verdade, o markting viral tem destas coisas, coisas fabulosas a meu ver. Um amigo da área mostrou-me campanhas de publicidade, chamadas markting guerrilha, extremamente interessantes. São elas na maioria de filmes e séries que nem sonhamos, pois estamos bem longe dos states. Visto isto, deixo aqui algumas imagens da campanha para a série "The Walking Dead", que relembro que está quase a estrear a sua nova temporada.

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Novo filme de Michel Gondry

10:48:00 Unknown 1 Comments

Parece que a esperança é realmente a última a morrer. Há a possibilidade de Michel Gondry regressar aos velhos filmes com argumentos de fazer parar a respiração como "The Eternal Sunshine of the spotless mind".

“L' Ecume des Jours” é o nome da obra que merecerá a direcção do 'especialista da mente humana' e conta com Romain Duris e Audrey Tautou no cast.

O filme dramático é adaptado do romance homónimo de Boris Vian e a sinopse centra-se numa relação amorosa entre Colin e Chloé , respectivamente Romain Duris e Audrey Tautou, que sofre vários percalços devido a uma estranha doença que afecta a personagem feminina.

A estreia do filme, “L' Ecume des Jours”, está previsto para o próximo ano, 2012.

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Tela Clássica:"Dom Roberto" e o Novo Cinema Português

15:34:00 Unknown 2 Comments

Os anos 60 foram anos de mudança. Um pouco por todo o mundo, as novas vagas de cinema, em grande parte inspiradas pelo pós - II Guerra Mundial, traziam um ar refrescante ao cinema mundial. A nova vaga mais conhecida, e uma das primeiras a ter lugar, foi a francesa, iniciada em finais dos anos 50. Diz-se que muitas das vagas posteriores foram influenciadas por esta, mas muitas também foram buscar influências ao neo-realismo italiano. Como a vaga portuguesa.

Portugal também teve a sua vaga. O cinema português anterior à década de 60 não era muito criativo. Fora um ou outro filme de Manoel de Oliveira ou Manuel Guimarães, que nesta altura filmavam com grande dificuldade, e predominavam as comédias de costumes, que regra geral eram quase sempre um sucesso do público, porque ao fim ao cabo eram uma espécie de revistas de teatro transportadas para o cinema. Todavia, não me identifico muito com estas comédias.

Foi por volta de 1962/63, que o novo cinema português 'explodiu' com duas obras que reclamam entre si o arranque desta nova vaga de cinema. O primeiro foi “Don Roberto”, de José Ernesto de Sousa. Ernesto de Sousa tinha sido fundador do primeiro cineclube de Portugal, e tinha uma formação cinéfila muito acentuada. Tinha tirado o curso de cinema na Cinemateca Francesa, e no período que viveu em França travou conhecimento com alguns dos futuros nomes importantes daquele cinema - como Truffaut, Resnais ou André Bazin. “Don Roberto” viu a luz do dia em Maio de 1962; uma estreia com grande aparato por ser algo de tão refrescante para o cinema português e foi logo seleccionado para o Festival de Cannes, tendo ganho a Menção Especial do Júri do Melhor Filme para a Juventude. Ernesto de Sousa não pode comparecer, tendo sido impedido pela Pide. Foi perseguido e preso.“Don Roberto” era um filme vanguardista, produzido em pleno auge do Estado Novo, sem qualquer colaboração do Estado, feito com fundos do movimento cineclubista de que Ernesto de Sousa era fundador. "Dom Roberto" marca o início de uma viragem formal, estética e ideológica na história do cinema em Portugal e seria sucedido por “Verdes Anos”, de Paulo Rocha, lançado no ano seguinte.“Verdes Anos” é provavelmente o melhor filme português de sempre e é muitas vezes considerado o primeiro filme do cinema novo português, mas sobre ele falarei noutra altura.

Os anos seguintes seriam dos melhores para o cinema português: "Belarmino", de Fernando Lopes; "Domingo à Tarde", de António de Macedo; "O Cerco", de António da Cunha Telles; "Uma Abelha na Chuva", de Fernando Lopes; "O Recado", de José Fonseca e Costa; "Perdido por Cem", de António Pedro Vasconcelos; "Pedro Só", de Alfredo Tropa;"A Promessa", de António de Macedo; "Brandos Costumes", de Alberto Seixas Santos. Todos eles anteriores ao 25 de Abril, e obras capitais do cinema português.


Pelo convidado: Francisco Rocha.

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Crazy, Stupid, Love vídeo

10:16:00 Unknown 1 Comments

Recebi este vídeo (obrigada Warner Bros. !) com o trailer e comentários dos actores principais - Steve Carell e Ryan Gosling. Achei bastante engraçado e interessante, por isso partilho convosco aqui. E tenho um bom feeling relativamente a este filme...Há muito que já não vejo comédias românticas com bons actores e assim um toque entre a sátira e aquele espírito de truly love, sem parecer demasiado ridículo.


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Como fazer um filme de terror

08:13:00 Unknown 1 Comments

Obrigada pela imagem, DL.

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Bruce Willis em negociações para "G.I. Joe 2"

02:27:00 Unknown 0 Comments

Segundo o Worst Previews e a Head Vision, o actor Bruce Willis encontra-se em negociações com a Paramount Pictures para integrar o elenco de ‘G.I. Joe 2’ e interpretar a personagem General Joe Colton.

O nome provisório do filme é, para já, "G.I. Joe: Retaliation", sequela de "G.I. Joe: A Origem de Cobra".São cada vez maiores as certezas de "G.I. Joe: Retaliaton" ganhar um nome de peso. Bruce Willis poderá representar lado a lado com Ray Park (Snake Eyes), Channing Tatum (Duke), Lee Byung-hum (Storm Shadow), Elodie Yung(Jinx), RZA (Mestre Cego), D.J. Cotrona(Flint), Adrianne Palicki (Lady Jaye),Dwayne "The Rock" Johnson (Roadblock),Ray Stevenson (Firefly) e Joe Mazello (Mouse), todos eles já confirmados no novo filme.

Caso aceite o papel, Willis vai desempenhar a personagem de General Colton, conhecido por ser o responsável por iniciar a equipa de ataque G.I. Joe, pelo menos na sua versão de comic book dos anos 80.O filme será realizado por Jon M. Chu e tem como argumentistas Rhett Reese e Paul Wernick.

O trabalho no terreno começa ainda este mês, em Nova Orleães, e deve chegar no verão de 2012 aos nossos cinemas.

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Crítica: "Submarine" (2010)

01:21:00 Unknown 4 Comments


(Antes de começar a ler, clique no vídeo que se encontra abaixo)

“O oceano tem 9,65 km de profundidade” e “Submarine” tem isso e muito mais de intensidade. O filme apresentado por Bem Stiller, que devo confessar que não esperava envolvido num projecto destes, conseguiu superar as expectativas que já eram altas desde que vi o seu trailer.

Imaginem uma dimensão onde a gravidade não existe e o devaneio e introspecção passeiam de mãos dadas de encontro à sátira existencial do ser. Imaginem um corpo submerso e que procura uma reposta para tudo aquilo com que se depara ao longo da sua adolescência. E, agora, imaginem tudo isso num filme com 97 minutos. E voilá. Temos a receita de um dos – devo me atrever – mais recentes e estonteantes filmes deste ano, mesmo que seja de 2010, que problematizam o ‘eu’. “Submarine” submerge, assim, no quotidiano de um adolescente, cuja idade certa nunca é explicitamente dada a conhecer, assim como a personalidade que desafia a mente mais proactiva de todas. Entre peripécias, dramatismos e opções, a história leva-nos a três capítulos diferentes da vida do jovem neurótico. Nestes o amor, a doença, a separação e o perdão são temas presentes, mas nunca tratados de um modo regular ou totalmente trágico. Há sempre uma mecha de comicidade ou sátira; um certo humor negro intermitente; um certo drama lancinante. Uma linearidade interrompida pela confusão proporcionada pelo tom aleatório e irónico da vida. Uma amálgama de sensações, sentimentos e ideias, às quais não podemos ficar indiferentes ou dificilmente ficaríamos. Há o tratamento de problemas reais e tristes de uma forma divertida e exemplar.

Há o triunfo do bem, ou do que se deve entender por bem, sobre o mal. Assim chegamos ao indie quase prefeito. A inconstância, a excentricidade, as personagens extremamente profundas estão lá, está tudo lá nas quantidades certas. Nem muito sal, nem pouco.

Os actores, tanto os mais velhos como os mais novos, apresentam uma performance invejável. Vestem na perfeição a pele de cada personagem proposta. A fotografia é sublime, assim como os sets escolhidos. A verdade é que os defeitos neste filme, que sugere algo afundado ironicamente, quase não são identificáveis. “Submarine” cumpre muito bem a missão a que se propôs. Leva na sua bagagem um mundo incrivelmente complexo e completo, digno da vida real.

O filme distancia-se bastante de quase tudo o que vi até hoje. Não é único, certamente, mas reúne um conjunto de predicados bem apetecíveis e soberbos, que deixam o espectador deliciado com o espectáculo exibido perante os seus olhos.

A ideia de fazer um filme que fale da verdadeira essência de cada um de nós resultou por completo. Somos invadidos por uma sensação de auto reflexão quase involuntária, que apenas é possível através do excelente argumento que faz as delícias de qualquer cinéfilo kauffmaniano.

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Crítica: "A solidão dos números primos" (2010)

23:26:00 Unknown 1 Comments

A Solidão dos Números Primos” não é um filme fácil. Durante cerca de duas horas o espectador assiste a um entrelaçar que parece infinito de analepses e prolepses que no fim se unem e desenham a narrativa típica de um drama europeu. É um filme que fala sem falar. Fala da solidão. Fala do amor. Fala da saudade. Fala do arrependimento. Fala do remorso. Da raiva. Da obsessão. Da perda de inocência. É um filme que diz muito, mesmo sendo em grande parte mudo. A sua origem italiana não fica camuflada. Nem o drama eminente que se estende ao longo dos 118 minutos.

O título por si é deveras intrigante, mas a obra não se fica por aí no que toca a esse adjectivo. Temos um conjunto de personagens que nos perturbam ou enternecem, temos um conjunto de histórias que nos chegam a confundir, porém depressa se fundem. É um filme adaptado de um best seller, que, no entanto, não parece ter sido uma missão fácil no que toca à sua adaptação. É uma obra que nos causa estranheza, que nos invade com uma simbiose de sensações um pouco antagónicas. Eleva ou reduz o espectador a pouco mais que um autista que observa e nada pode fazer, porque é uma história de difícil acesso e que não sugere interacção ou compreensão imediata por parte de quem assiste.

“A Solidão dos Números Primos” tem momentos impressionantes, mas que de algum modo se perdem pelo ritmo extremamente lento e pela falta de coesão das suas histórias. E é aí que erra. Ou que não cumpre na perfeição. Não consegue assim pagar as suas obrigações e acaba por perder um pouco a intensidade, que potencialmente a história teria.

Todavia, tem aspectos brilhantes. Desde a alguns planos belíssimos até à prestação dos actores. Tem interpretações verdadeiramente admiráveis, pois não é fácil transmitir a sensação de vazio e de espectro, a que as personagens se parecem propor. De ressalvar, além das interpretações, é a excelente colectânea de músicas reunidas. Algumas já conhecidas, outras nem tanto, mas que constroem a atmosfera pretendida pelo realizador Costanzo.

Em suma, o filme trata a história, que vai desde a infância à idade adulta, de duas pessoas do sexo oposto que parecem perdidos no mundo; os verdadeiros seres inadaptados. Entre traumas, desgraças e tristeza, acabam, à semelhança dos números primos, por se encontrarem, mas sem nunca, à excepção da cena final, de se tocarem.
Por muito que até possa ter apreciado alguns detalhes, "A Solidão dos Números Primos" acaba por perder-se um pouco no seu próprio propósito. Embora seja um filme com momentos únicos, não consegue alcançar o espectador, acabando por o remeter durante a sua longa duração a uma simples testemunha que se vê invadido pela sensação de estranheza e degustação.

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Guess

21:45:00 Unknown 4 Comments

É um filme bastante peculiar, que conta com a participação de uma das caras mais conhecidas e cobiçadas de Holywood. O seu realizador é responsável também por uma das mais conhecidas obras do final da década de 90.
Visto isto, conseguem responder a que cena pertence este filme?

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Teaser "Drácula 3D", de Dario Argento

14:22:00 Unknown 0 Comments



Realizado por Dario Argento e com a participação de Rutger Hauer, Miguel Angel Silvestre e Miriam Giovanelli, chega-nos o teaser de "Drácula 3D". A história de Bram Stoker, que foi realizada por Francis Ford Coppola, em "Dracula" (1992), repete-se, pelo menos é o que parece ao olharmos para a sinopse. Podem-o comprovar com os vossos próprios olhos :

Sinopse - Vlad Tepes (Conde Drácula) é um conde romeno e ex-soldado do exército católico que renunciou à sua fé após descobrir que a sua amada, Elisabetha, se suicidou devido a uma carta falsa que afirmava que ele tinha sido morto durante uma batalha. A sua renuncia transforma-o num monstro imortal condenado a viver com uma sede eterna por sangue.

Esta nova versão chega-nos em 2012 e para quem é fã do pai contemporâneo do giallo esta é uma boa nova que merece atenção.

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Tela Clássica: A quadrilha Selvagem

12:49:00 Unknown 1 Comments

Finais da década de 60. O western era um género que estava marcado para morrer, e os poucos resistentes vinham da Europa e eram chamados “western-spaghetti”. O ano de 1969 ainda viu nascer dois dos maiores marcos dentro deste género. Dois westerns que fugiam bastante aos padrões habituais dos filmes dos anos anteriores. Em primeiro lugar porque colocavam como heróis aqueles que pela lógica seriam os vilões do filme. Enquanto que “Butch Cassidy and Sundance Kid” era quase uma comédia nostálgica, ou um filme de aventuras, “The Wild Bunch” era um dos filmes mais violentos que tinha saído da América, nos últimos anos.

A violência pode ser apresentada de muitas formas, no mundo do cinema. Quando “The Wild Bunch” foi lançado pela primeira vez, causou um enorme celeuma por causa da sua violência intransigente. As mortes neste filme não são, nem estéreis nem heróicas. Quando uma arma é disparada, o resultado é inevitavelmente sangrento. De certa forma, especialmente na sua determinação em não glorificar o derramamento de sangue, “The Wild Bunch” partilha o objectivo com “Unforgiven” de Clint Eastwood - só que foi feito 23 anos antes.

A acção tem lugar em 1913, na pequena cidade de sul do Texas, chamada San Rafael. “The Wild Bunch” - um bando de seis assaltantes - prepara-se para fazer um assalto. O que eles não sabem é que é tudo não passa de uma armadilha - os sacos de dinheiro são falsos e existem dezenas de caçadores de recompensas de arma em punho escondidos para emboscada. O assalto torna-se sangrento e numerosos cidadãos inocentes são apanhados no fogo cruzado. O bando foge com os caçadores de recompensas no seu encalço.É possível ver “The Wild Bunch” como um filme de pura acção, ainda que altamente estilizado - o uso de múltiplos ângulos e cortes rápidos por Sam Peckinpah é incrível. Todos os elementos tradicionais dos filmes do realizador estão presentes: tiroteios, caçadores de recompensas, e uma alta contagem de corpos. O método de Peckinpah de orquestrar a tensão é bastante eficaz.”

The Wild Bunch” tem um elevado nível de complexidade, que vai para lá da metáfora óbvia do Vietname, que era o assunto do dia na sociedade americana, e é estruturado de forma a satisfazer os mais exigentes telespectadores. Peckinpah mostra-nos também o avanço da tecnologia moderna sobre o velho oeste. Os carros começam a substituir os cavalos, aparecem as primeiras pistolas semi-automáticas, assim como aparece uma metralhadora entre as armas roubadas ao exército.

Peckinpah sempre foi um compreendido, e está entre os meus 10 realizadores preferidos. “The Wild Bunch” foi a sua obra prima.


Pelo convidado: Francisco Rocha.

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May the force be with you!

Sin City 2 confirmado!

11:53:00 Unknown 5 Comments

Já foi confirmado pelo próprio Robert Rodriguez o segundo "Sin City". Seis anos volvidos, alguns filmes realizados (desde série b movies - "Planet Terror" e "Machete" - a filmes para crianças - a saga "Spy Kids") e o realizador volta assim a dar continuidade a um projecto que foi um sucesso, falo do primeiro "Sin City". O cast vai ter algumas surpresas, mas também vai manter outras caras. A estética conhecida de comic book vai-se manter, como já era de esperar, por isso quem gostou do primeiro, certamente, gostará desta sequela.s

Segundo as palavras de Rodriguez:
“‘Sin City 2′ is going good, we’re just finishing the script for that, we already got the money. We have everything we need so we can just start shooting as soon as we get the pages… We’ve already got the budget, just waiting for the script. As soon as we’re finished writing we get to start the shoot.”

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Banners de "Contagion"

11:08:00 Unknown 0 Comments

O próximo filme de Steven Soderbergh começa agora a lançar os primeiros banners alusivos ao mesmo, dando também ênfase aos grandes nomes que integram o cast de "Contagion". Será que ironicamente a produtora vai optar por um markting viral?

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Hathaway:Catwoman...mas pouco

14:57:00 Unknown 4 Comments

É difícil uma pessoa se distanciar das suas referências e opiniões/gostos pessoais. Bem, é-me igualmente difícil conseguir compreender como um realizador escolhe para interpretar uma personagem tão emblemática e misteriosa uma actriz com tão pouco calibre como Anne Hathaway. É verdade que nunca fui muito à bola com a rapariga, mas é igualmente verdade que existem alguns filmes que até reconheço algum talento na sua performance. No entanto, acredito que não está pronta, ou mesmo que não possui os predicados essenciais para interpretar a antagonista Catwoman. Depois de uma Halle Berry que fez da personagem algo de exagerado e quase esquizofrénico, numa história verdadeiramente vergonhosa, era de valor tentar fazer renascer das cinzas esta personalidade de um modo mais legítimo, isto é de um modo que fosse levada a sério e que carregasse o carisma e interesse que a Catwoman de Michelle Pfeiffer em tempos conseguiu.Recordemos que Hathaway é a terceira actriz a encarnar a vilã felina, que prima nos livros aos quadradinhos por ser extremamente sedutora.
Nesta foto podemos ver o que se pensa ser o fato de Catwoman, contudo ainda não está confirmado se este estará completo. Espero que não, se não nem há hipóteses de ser minimamente sedutora, nem de uma segunda oportunidade para esta nos grandes ecrãs. Principalmente, quando temos no cast um nome feminino sonante como Marion Cottilard, que daria uma excelente Catwoman!

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Dos quadradinhos para a grande tela

12:09:00 Unknown 0 Comments

Deixo aqui este vídeo que faz uma interessante apreciação do filme "Capitão América" e que de algum modo acaba por legitimar um dos meus últimos textos deixados aqui sobre a produção de filmes de super-heróis. A passagem dos quadradinhos para a grande tela, por vezes, pode não ser assim tão fácil. Podendo acabar por ser apenas uma produção demasiado simplificada e desprovida do universo imaginário e fantástico que estes filmes deveriam passar.
Ainda segundo João Lopes, podem ver algumas ideias e críticas a outros filmes, passando pelo cinema europeu também.

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Crítica a "Super 8": O 8 que podia ser um 10!

10:01:00 Unknown 3 Comments


(clique no vídeo da soundtrack, para ouvir enquanto lê a crítica)
Quanto maior são as expectativas, mais alto é o tombo; é o que se costuma dizer. Por isso, quando fui ontem ver o filme “Super 8” não enchi a minha bagagem com grandes esperanças, esperanças essas de um filme elementar, fantasioso, genial ou que ficasse para a história como outros produtos, onde a mão de Spielberg existiu. Quando falo de outros produtos, falo de ET, obviamente. Seria hipócrita se não fizesse a comparação entre as duas obras, que tanto têm em comum e se assemelham, mas que também em muito se distanciam. Vejamos: crianças, um rapaz que se destaca, uma bicicleta, episódios estranhos na cidade, e, claro, um ET que quer voltar para o seu planeta. No entanto, “Super 8” não lhe chega aos calcanhares. É um filme já cansado. E com isto quero dizer que nada vem a acrescentar ao que conhecemos dentro do género sci-fi. Apenas repete a receita já conhecida dos anos 80. Não há um clímax assim que nos deixe aterrados na cadeira da sala do cinema; não há uma revelação que nos emocione; não há uma criatura adorável que tautareia coisas para voltar para casa e que nada de mal faz aos humanos. Há apenas uma mescla simplificada disso. Todavia não estou a dizer que é um filme intragável ou completamente desanimador. Como disse, não levei a bagagem… E como tal a obra de J.J. Abrams conseguiu o feito de me entreter durante quase duas horas. Conseguiu também me fazer relembrar os tempos em que fazer filmes era apenas um sonho, em que só a tentativa de o tentar era um prazer. Como o conseguiu? Foi através do grupo de crianças que tentam fazer uma curta-metragem, que de um modo enternecedor levam tão a sério essa missão que chegam a dar uma lição aos grandes cineastas actuais que apenas pensam no lucro… Para quem gosta verdadeiramente de cinema e já tentou fazer algo amador, percebe por inteiro do que falo. A ideia da atmosfera de final dos anos 70 também tem a sua graça, os walkman's, as consolas portáteis onde jogávamos tetris, as películas que ainda se tinham de revelar, entre outras coisas. A câmara usada parece bem mais recente do que o ano que pretendem representar, as roupas, os cortes de cabelo, entre outras coisas, falham.
Os efeitos especiais usados nas explosões (quem viu o filme sabe do que falo) são verdadeiramente brutais, disso não discordo, até quase hiperbólicos, o que é uma mais-valia a meu ver. Assim como algumas deixas que entre a ironia e sátira estão bem conseguidas, mas, por vezes, perdem-se em falas clichés dos filmes do género. Outros prós do filme passam pelo cast. É interessante a reunião de personagens e os actores, embora não haja nenhum momento de puro fascínio detectado pela minha pessoa, porém Elle Fanning tem jeito. A rapariga sabe mesmo como representar para uma tela grande. “Somewhere” (como protagonista) foi o principio e certamente que “Super 8” não será o fim. O resto dos actores juvenis também não desapontam. Ainda no que toca ao cast, acho curiosa a escolha de Ron Eldard para o elenco, pois não o via desde “Sleepers”. O final também não é nada de estupendo. Parece um tributo ao ET, mas reduzam umas mil vezes o nível de emoção e de comovedor. A figura alienígena também é uma amálgama estranha entre uma aranha e um Predator, com a cara da personagem do “Pan’s Labyrinth”, que acaba por não conseguir estreitar aquela ligação de pena - carinho com o público, que ET conseguiu na perfeição.
Resumindo, “Super 8” consegue entreter, tem alguns pontos positivos e vistosos ao longo dos seus 112 minutos, contudo não passa disso mesmo. De uma homenagem ao rei da Sci-fi, mas que fica muito aquém do que poderia ser. Muito aquém do que o trailer promete. E muito aquém do que o coração dos fãs do género esperavam ver, pela mão do grande aficionado na matéria, no grande ecrã.

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Henry Cavill como Superman

12:25:00 Unknown 3 Comments

Henry Cavil é a nova cara que dá corpo a Superman no seu mais recente filme "Man of Steel", do realizador Zack Snyder. Esta é a primeira imagem revelada do super-herói, pela Warner Bros. Pictures.
O filme conta com também outras caras conhecidas, das quais triplamente nomeada a Óscar Amy Adams ("The Fighter") que será a jornalista Lois Lane. Como antagonistas temos também nomeados, como é o caso de Michael Shannon (“Revolutionary Road”), que dá vida ao General Zod.
O filme é produzido por Charles Roven, Emma Thomas, Christopher Nolan e Deborah Snyder. O arumento é da autoria de David S.Goyer e baseado numa das personagens criadas por Jerry Sieges & Joe Shuster para a DC Comics de Superhomem.
A estreia de "Man of Steel" está marcada apenas para o ano de 2013.
Entretanto, tenho a certeza, que muitos filmes de super-heróis estrearão...
(Para visualizarem melhor a imagem, cliquem na mesma.)

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