CRÍTICA: «High Rise» (2015), de Ben Wheatley
Os visuais fazem lembrar o retro-futurismo de Kubrick, acompanhados pelo surrealistíco tom de Buñuel e o imaginário de Carax numa orgia metafórica de ascenção social e lutas entre classes, tudo num único lugar, num tempo que já foi mas que nem por isso se torna mais datado.
Tom Hiddleston coloca a sua personagem como o ponto central e seguro de toda a narrativa que se muta até atingir um patamar explosivo e irreconhecível de sexo, violência e absurdez. A personagem de Tom e o seu apartamento são um lugar neutro, cinza como as cores que escolhe para pintar as suas paredes, todavia esconde em caixas a sua própria bagagem pessoal que vai abrindo à medida que ascende de patamar social e se aproxima daquilo que pretende.
«High Rise» é uma distopia que mostra as (ainda) atuais convenções sociais e limites extrapolados ao máximo pelo Homem. Em vez de num plano lato o fazer no mundo, o escritor (J.G. Ballard) que criou a obra-base escolheu apenas um prédio para fazer a crítica social e ao mesmo tendo dando uma facada no capitalismo.
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