“The Neverending Social Network”"
Quando pensamos em David Fincher, considero que é difícil não se sentir uma deliciosa sensação psíquica, pois, automaticamente, nos recordamos de filmes como “Fight Club” e “Se7en”. Filmes esses que serviram de pilares para a construção de uma invejada reputação enquanto realizador. Com “The Social Network”, a história conseguiu repetir-se. Mas não totalmente. Não da mesma forma. Não de modo tão completo. Em ambos os filmes, inicialmente referidos, existem magníficos twists finais que nos deixam de boca aberta. Digamos que no novo filme de Fincher esse momento não acontece. Ansiamos e ansiamos. Do inicio até ao último minuto para o seu final e…ele não acontece. Esperamos que nos tenha presenteado com um final secreto, tal como em alguns blockbusters, mas isso não acontece. Esperamos por uma mensagem subliminar, porém isso nunca acontece. Esperamos pelo regresso do antigo Fincher, aquele que arrebatadoramente nos surpreendia e nos dava um murro no estômago com uma narrativa brilhante, mas isso, desde “The Curious Case of Benjamin Button” (2008), que já não acontece! Apesar da mudança de estratégia do realizador, neste filme baseado no Facebook, deparámo-nos com um argumento brilhante, soberbo, empolgante, que nos deixa colados ao ecrã, na tentativa de conseguir acompanhar todo um ritmo fulminante e hiperactivo. É como correr uma maratona que não parece ter fim à vista e, quando o vemos, a paragem é tão brusca que nos sentimos ingratos pelo desafio que nunca conseguimos ganhar! Mais uma vez, à semelhança de “Fight Club”, Fincher consegue representar toda uma sociedade. Da sociedade consumista passa para a sociedade da informação. Onde basta um clique para se criar algo, ser alguém, no meio de milhões de pessoas.(ver mais)
- Pode também a encontra no jornal online Comum
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May the force be with you!