Da música ao cinema
Fica aqui o trailer do mais recente filme de terror,"Phantasmagoria", de Marylin Manson.
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Trailer PRADOLONGO from pradolongo on Vimeo.
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Era uma vez um espantoso realizador que primava pela originalidade e pela genialidade de histórias e actores escolhidos para os seus filmes. Esse realizador era Tim Burton. No entanto, desde “Sweeeny Todd: The Demon Barber of Fleet Street” não tem cumprido com estes requisitos e o resto já se sabe… A verdade é que com o novo filme “Alice in Wonderland” todos os fãs, e mesmo público em geral, esperavam o regresso de uma nova película de culto, como foram em tempos “Big Fish”, “Sleepy Hollow” e o extraordinário “Edward Scissorhands”. Este último confesso que é um dos meus favoritos, se não mesmo o filme preferido, e o primeiro em que vi o excelente desempenho do actor Johnny Depp. Mas continuando no país das maravilhas, o realizador gótico falhou em alguns detalhes com “Alice”.
Deixou um pouco aquém das expectativas o efeito da tecnologia 3D empregue, que potencialmente seria uma mais-valia para os cenários. Não o foi. Mas em vez disso distraiu e cansou os olhos do público, pelo menos no meu entender. O reforço da imagem não se verificou, sendo apenas explicita a tecnologia em poucas cenas - como a final em que aparece a borboleta. O vírus Avatar não tem sucesso em todos os formatos, pois revelou-se desnecessário neste caso. Contudo, não se pode deixar de frisar que a marca do realizador estava lá. O estilo das personagens e deixas das mesmas, na entrada e saída de cenários, fizeram lembrar o mundo de fantasia inerente aos seus antigos filmes. A multiplicidade de cores e o estilo fantástico e sombrio, ao mesmo tempo, esteve presente ao longo da metragem tornando-a hipnotizante.
Mas, mesmo o mais belo tem espinhos, e tal como as rosas “Alice in Wonderland” tem algumas falhas evidentes. Em primeiro lugar, numa das cenas principais, a actriz em criança diz ao seu pai que teve o mesmo sonho das outras noites, mas, mesmo assim, conta-o como se tivesse sido a primeira vez que o teve. Aí se verifica a primeira falha. O argumentista não soube passar do papel para a imagem aquilo que Alice sonhou e errou ao tentar passá-lo através da palavra. Também a actriz que dá corpo a Alice em criança faz um papel muito pouco admirável, há pouca espontaneidade e naturalidade no seu discurso; podiam ter escolhido bem melhor. Mas não são só erros de oratória, mas ainda de raccord que quebram a perfeição da história. Na cena em que Alice encolhe e cresce, sucessivamente, quando esta finalmente encolhe de novo, também a chave diminui de tamanho. Ao contrário do que acontece antes nas cenas anteriores em que ela mantém o tamanho original, e antagónicamente ao filme da Disney em que Alice tem de arrastar a chave gigante até à porta, pois não teve a sorte de que esta diminuísse de tamanho. Apesar de ser um filme de fantasia e, por isso, se julgar que tudo é possível, estes erros apontados são mesmo resultado de descuido. Outro descuido foi deixar Anne Hathaway fazer parte do cast, pois, embora tenha recusado o papel de Alice por argumentar estar colada a papéis semelhantes, a actriz esqueceu-se que o facto de se ser boa actriz mede-se por isso mesmo, pela capacidade de versatilidade e de criação de personagens. Por isso aqui vai um conselho: Se isso é motivo para recusar um bom papel, é melhor continuar mesmo a fazer anedotas como o “Diário da Princesa”.
Embora tenha apresentado vários pontos negativos, também existem coisas boas no filme. E é aí que Tim Burton pontua perante o público, e, a meu ver, faz valer os 6,40€ do bilhete. A história tradicional de Alice é assim transformada numa história intemporal, adaptada ao real e quase ao moderno. É uma verdadeira metáfora ao facto de termos poder para decidir as nossas vidas e de que temos sempre a “opção”. Abandonar a fantasia e fazer parte de algo muito maior - da vida tal como ela é. De ressalvar é também o papel de Johnny Depp e de Helena Bonham Carter . Mais uma vez o seu companheiro (pois Helena Carter e Tim são casados) acertou na combinação. O Chapeleiro Louco é quase tão importante como Alice para a história, assim como a Rainha de Copas.
No final de conta os criadores desta Alice gótica até acertaram. Passando assim a mensagem de que mesmo crescendo é possível cultivar alguma magia dentro de nós e não é necessário criar um país das maravilhas para sermos felizes!
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Revolutionary Road apresenta uma história de um casal vulgar da contemporaneidade, mais ou menos próxima da que vivemos. O jovem par, April (Kate Winslet) e Frank (Leonardo DiCaprio), apelidados como o casal Wheeler ao longo do filme, conhecem-se numa típica festa dos anos 50, nos EUA. O ambiente que os circunda, aquando das suas primeiras trocas de olhares é inundado pela música, álcool e pessoas de potencial interesse que os rodeiam. Algo que é importante ressalvar é o panorama que se vai mostrar como uma espécie de oximoro comparado com o desfecho final e respectivo estádio das personagens e contexto que as envolve. É com este primeiro encontro, e cena, que April e Frank se apaixonam e casam. Tudo acontece numa sequência de episódios.
Vários anos passam...Até a noite em que o casal desenvolve uma abrupta cena de sucessivos ataques entre si e percebe que a sua vida não é mais a mesma de à uns anos atrás, e que vivem numa situação de pura aparência e de escassez de verdadeiros sentimentos. Neste permanente cenários de desavenças, os jovens Wheeler’s encaram a dicotomia de “aquilo que desejavam ser” e aquilo “que são” e, ainda, a problemática que os assombra, a mudança que é necessária, mas para a qual não têm forças para a tornar real.
Aparte com os seus vários problemas, o casal é admirado por um conjunto de pessoas. Para dar a entender isso o realizador recorre a várias analepses, durante o filme, que evidenciam as impressões do casal ao encontrar a casa e de como mudaram com o passar dos anos. Dando ênfase à antítese temporal que, posteriormente, se verifica.
Embora seja perturbado por problemas psicológicos, John Givings ( Michal Shannon- filho de Helen) ,apesar do seu débil estado, ironicamente, parece ser o único a se aperceber de quão putrefacta pode estar a vida do casal ostentado como “casal modelo”,pela vizinhança.
No entanto, o que de inicio parece a solução mais fantástica do mundo, arrasta-se até ao estado de loucura da personagem feminina e ao estado de conformidade da personagem masculina, que é desculpada pela súbita gravidez de April.
À semelhança de outros filmes de Sam Mendes, torna-se difícil definir o filme com um só género que seja elucidativo do seu conteúdo total. Pois, do inicio ao fim muda completamente o cerne generativo ou, pelo menos, sofre alterações e alternâncias de uso dos mesmos.
O jogo de aparências de um mundo actualmente materialista, e que aposta na superficialidade do meio social, é posto a nu pelo roteiro de Justine Haythe, baseado na obra, já antiga, de Richard Yates, lançada em 1961, Revolutionary Road alcançou uma grande polémica, devido ao facto de ser uma crítica à sociedade contemporânea, como já foi referido, anteriormente. Revelando-se, mesmo, atemporal, já que os assuntos abordados destacam aquilo por que a maioria dos mortais passa, e que podemos chamar de síndrome de “a vida é mesmo só isto?!”. É, portanto, algo que poucos conseguem ultrapassar e ter, isto é plena consciência disso, pois, tal como Frank, muitos são os que advogam outras formas de explorar a vida, e nomeadamente, como April, que acaba por sucumbir à dura realidade da vida e “provoca”, por isso, a sua morte.
No que toca aos planos de filmagem, é necessário apontar os planos exagerados que o realizador faz da actriz, que incorpora o papel de April. O que não parece involuntário, mesmo que aconteça inconscientemente, dado que Sam Mendes é na vida real casado com Kate Winslet; o destaque visual da personagem torna-se um pouco suspeito. Embora, seja uma peça chave para a história, a personagem Frank - deva-se apontar que é supostamente a principal - aparece de um modo menos salientado do que a personagem April, que é importante apontar como secundária, já que o mesmo é provado com a nomeação de Kate Winslet como personagem secundária feminina pela sua personagem em Revolutionary Road.
Curiosamente, é de assinalar o facto de as personagens, e em específico a de Kate Winslet, abusar do consumo excessivo, ao longo do filme, de tabaco, lembrando um traço típico dos filmes “nouvelle vague”, que acompanham assim o stress incessante da personagem e o seu comportamento consumista de paliativos até ao fim da resenha narrativa.
O filme, no geral, tem um aspecto interessante. Não posso contudo terminar sem mencionar o seguinte: são Winslet e DiCarpio que mostram um estupendo desenvolvimento como actores desde Titanic. Já se passaram cerca de 11 anos e a conjuntura que os envolve em Revolutionary Road, embora seja completamente distinta e antagónica, eleva-os à mesma a papeis dramáticos, não deixando contudo de os representar de um modo brilhante e, ao mesmo tempo, com uma diferença de substancialidade e empenho muito ímpar do que aconteceu à mais de uma década atrás.
Todd Solondz mostra mais uma vez, depois do memorável “Happiness”, que não tem filtros. O realizador brinda-nos com “Wiener-Dog”, um fi...
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May the force be with you!