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Angst vs Henry
Existe um grande paralelismo entre "Angst", de Gerald Kargl, e "Henry - Portrait of a Serial Killer", de John McNaughton. Eu considero-os dois filmes gémeos, que se completam um ao outro. O assunto em questão é o serial-killer, mas ambos fogem dos padrões mais convencionais do género. Não os considero filmes de terror; não existem sustos fáceis, efeitos especiais do outro mundo nem nada dessas coisas. Eles debruçam-se sobre o factor psicológico do assassino: cruel, realista, desprovido de emoções. Eles matam por matar, aparentemente sem razão lógica. Afinal de contas, o que é que move um serial-killer? É sobre esta matéria que se debruçam estes dois filmes.
"Angst" e "Henry" foram produzidos em plena década de 80, em lados opostos do Atlântico, numa altura em que não havia muito lugar ao cinema alternativo e nem tínhamos os meios de divulgação que podemos encontrar hoje em dia. Por isso mesmo, tornaram-se filmes obscuros, malditos e confinados a serem exibidos em festivais ou mostras de cinema. “Henry”, por exemplo, foi produzido em 1986, mas esteve 3 anos para chegar ao circuito comercial. A comissão responsável por emitir a classificação etária para exibição não conseguiu chegar a uma conclusão sobre que tipo de público que estaria apto para ver tal produção. Teve finalmente estreia em 1990. No ano seguinte, chegava ao Fantasporto, onde foi um dos vencedores mais meritórios até hoje, ao sair do festival com 4 prémios (Melhor Filme, Argumento, Actor e Actriz). “Angst”, produzido em 1983, sofreu muito com a censura. Esteve banido durante vários anos e em vários países, culpa da violência gratuita apresentada. O facto de ter sido produzido na Áust
Por :Francisco Rocha
Caramba pá! Não deixais uma pessoa em paz de alma... quer-se dizer com todo esse discurso e tal, do Francisco (bela exposição de ideias - BOA!)... um tipo fica apara aqui lixado do juizo e em ansias para ver o "Henry". Isto não se faz a um pobre coitado que julga que já viu muitos filmes (e que até suspeita já o ter visto mas... nunca ficar numa memória que começa a falhar).
ResponderEliminarMalditos os dois responsáveis por isso (a vil Andreia e o maquiavélico Francisco - ides arder ides!).
Agora vou até ali dar uma volta, em estado condescendente... e fazer de conta que nunca ouvi falar no "Henry"... e que nunca gostei de filmes de serial-killers... e que nem gosto de ver filmes sequer... e... damn you all!
Desiludiu-me muito o Henry. Bom texto ;)
ResponderEliminarVá lá Paulo, este é o rei deles ;)
ResponderEliminarBoa iniciativa. É sempre bom ler o que o Chico escreve... confesso que na maioria das vezes só leio, não comento. O Chico sabe que a realidade cinematográfica dele está "um bocadinho longe da minha". Mas gosto muito de visitar o espaço dele. Gosto muito dele, e gosto sobretudo do facto de que o Chico respeita todos os gostos, sem nunca ter "tendências intelectuais e discriminatórias" para com a malta que gosta de cinema "mais comercial e actual".
ResponderEliminarVirei aqui sempre. com muito gosto.
kiss kiss para os dois
ArmPaulo: Obrigada, vou continuar a tentar fazer um bom trabalho ;) e com a ajuda do Chico vai ser ainda mais interessante.
ResponderEliminarSofia: Obrigada :)
Obrigada Sofia. Já tenho muitos planos para os próximos posts ;)
ResponderEliminarTenho de espreitar o Angst que ainda não vi!
ResponderEliminarBom texto!