Breve Crítica: "Lola", de Jacques Demy (1961)
É engraçado perceber como ver um filme numa tela de cinema e ver um filme em casa, quer seja no nosso home cinema ou portátil, se pode revelar algo bastante diferente. Digo isto porque hoje fui à Cinemateca, um dos lugares mais respeitáveis para um 'cinéfilo', e tive a oportunidade de ver um filme bastante interessante, de 1961, sem ler uma sinopse, sem levar com spoilers de trailers, posters ou do que quer que seja, e principalmente sem carregar no botão 'pausa'. É bom ser-se surpreendido de quando a quando. É bom ver um "Lola" e desfrutar por completo do espectáculo que um realizador um dia aceitou passar para película.
De seu nome Jacques Demy é o argumentista e realizador. O filme é francês e estava integrado na mostra que está a decorrer, durante estas semanas, de Cinema Francês. Mostrou-se uma boa surpresa. Tem um argumento delicioso, personagens bastantes caricatas e com jeitos quase teatrais, dando a sensação que o filme balança entre a comédia e o romance, com um bocadinho de drama à mistura. A obra de Demy apresenta ainda um todo bastante complexo. As personagens interligam-se todas de alguma forma, quer seja por se conhecerem ou por fazerem lembrar alguém do passado, não aparecendo portanto por acaso ao longo do filme. Os pouco mais de 90 minutos do filme também fazem com que esteja no ponto certo; nem mais, nem menos tempo do que o que deveria ter. Nesse curto espaço acontece um entrelaçar de histórias que vislumbram os olhos de quem assiste a tão bela película com a glamourosa Anouk Aimée.
Um belo filme para começares as tuas idas à Cinemateca =)
ResponderEliminarEsperemos que venham mais ;)
Belíssimo filme :)
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