O fim da originalidade em Hollywood: Shining ganha prequela
Prequelas, Sequelas, Reboots, Remakes são os nomes cada vez mais comuns actualmente na indústria cinematográfica. Este é um assunto que já abordei uma vez, aqui no Cinema's Challenge, mas a razão para o fazer de novo é a de The Shining, um dos meus filmes "imaculados", ser o próximo "alvo a abater". É oficial, a notícia foi lançada esta semana. E acredito não ter sido a única surpreendida, pela negativa, com está "má-nova". Confesso que o que me leva a encarar com mais dramatismo este acontecimento é o facto de The Shining ser um dos meus filmes preferidos. Admito que foi quase doloroso ter lido a dita notícia, constatado que a falta de imaginação de Hollywood e a ganancia para gerar receitas são capazes de manchar uma obra tão idolatrada por tantos cinéfilos. Não se trata de conservadorismos, mas, sim, de vermos aquele filme que nos inspirou e revemos, ao longo de anos, a ser de algum modo "danificado". O facto de tentarem ir à origem ou estender a história de Jack Torrance, faz com que toda a mística do filme vá por água abaixo.
São muitas as interpretações dadas ao filme de Stanley Kubrick que teve como base a obra de Stephen King (ao qual não é totalmente fidedigno e por isso gerou controvérsia na altura). O próprio realizador norte-americano sempre evitou dar uma explicação explicita às suas obras. Sempre defendeu a interpretação empírica de cada espectador. Tendo inclusive esta procura de "significados" levado muitos fãs do filme a especular e a gerar teorias sobre o mesmo; um fruto dessa procura incessante de porquês é à criação de um documentário Room 237, de Rodney Asher. A título de curiosidade, uma das teorias advogadas na época era de que esta obra de Kubrick era uma forma do cineasta admitir que foi o autor daquela que é apontada como a "falsa aterragem na Lua", que é fundamentada pelo facto de Danny ter uma camisola com a imagem do foguetão Apollo 11 e de o quarto, onde se deu a terrível tragédia, ser o número 237 (número de milhas entre a Terra e a Lua).
São muitas as interpretações dadas ao filme de Stanley Kubrick que teve como base a obra de Stephen King (ao qual não é totalmente fidedigno e por isso gerou controvérsia na altura). O próprio realizador norte-americano sempre evitou dar uma explicação explicita às suas obras. Sempre defendeu a interpretação empírica de cada espectador. Tendo inclusive esta procura de "significados" levado muitos fãs do filme a especular e a gerar teorias sobre o mesmo; um fruto dessa procura incessante de porquês é à criação de um documentário Room 237, de Rodney Asher. A título de curiosidade, uma das teorias advogadas na época era de que esta obra de Kubrick era uma forma do cineasta admitir que foi o autor daquela que é apontada como a "falsa aterragem na Lua", que é fundamentada pelo facto de Danny ter uma camisola com a imagem do foguetão Apollo 11 e de o quarto, onde se deu a terrível tragédia, ser o número 237 (número de milhas entre a Terra e a Lua).
Mas voltando ao assunto primordial. Seja pelo realizador, espectadores ou fieis leitores do rei dos contos de terror, a verdade é uma: o mistério que envolve a personagem e história faz com que o filme funcione. Todavia, com a possível prequela deste filme, isso está prestes a desaparecer. É quase herege perceber que uma película de culto como esta, assinalada como uma das mais assustadoras da história do cinema, que fez tremer homens grandes sem sequer conter cenas de gore, terá um "seguimento" nas mãos de outro que não Kubrick. Podem-me chamar céptica, mas não acredito que exista um "mágico do cinema" capaz de igualar ou dar um seguimento digno ao que foi feito nos anos 80.
A falta de imaginação em Hollywood começa a ser demasiado recorrente nos últimos tempos. Hoje surgiram também notícias sobre um possível remake de Saw, filme que ainda nem 10 anos tem. Estas tentativas de adaptar clássicos de culto (já o fizeram com Cães de Palha, de Sam Peckimpah, ou O Assalto à 13ª Esquadra, de John Carpenter) é mais do que lamentável. O truque é ignorar e não ver, por muito que a curiosidade nos moa o juízo, pois a desilusão é certa.
ResponderEliminarCumprimentos
Acho que não há necessidade de dramatização. Talvez saia daqui uma obra-prima da envergadura do Shining - pouco provável, mas possível.
ResponderEliminarSe assim não for, e o filme for previsivelmente pior que o original, em nada irá afectar o filme. Da mesma forma que o livro, de qualidade inferior, não o afectou, ou o primeiro remake, de Mike Garris (1997) também não.
Fico muito menos chateado em ouvir falar de prequelas do Shining do que sequelas de Transformers e outros que tais.
Acho que não há necessidade de dramatização. Talvez saia daqui uma obra-prima da envergadura do Shining - pouco provável, mas possível.
ResponderEliminarSe assim não for, e o filme for previsivelmente pior que o original, em nada irá afectar o filme. Da mesma forma que o livro, de qualidade inferior, não o afectou, ou o primeiro remake, de Mike Garris (1997) também não.
Fico muito menos chateado em ouvir falar de prequelas do Shining do que sequelas de Transformers e outros que tais.