CRÍTICA: «Ex Machina» (2015), de Alex Garland
Embora tenha uma estética exímia, com uso do CGI muito bem executado, o filme perde pela sua previsibilidade no que diz respeito ao desfecho, enfadando com os planos longos de contacto entre as personagens e sensações vincadas ora seja entre o homem e a máquina ora da própria máquina com a ideia de pertencer ao mundo real sem ter de obedecer ao seu criador. O que empobrece o filme também passa pela bagagem de cada espetador que poderá, ou não, ter visto mais obras semelhantes à mesma, onde o cyberpunk, AI, e outros assuntos inerentes, já foram tratados anteriormente deste o «Metropolis».
No entanto, este é o primeiro filme do realizador, que antes apenas trabalhou como argumentista (screenplay) junto de filmes como «28 Days Later...», «Sunshine», «The Beach» e «Never Let ME Go» - na sua maioria interessantes filmes com alguns tragos de sci-fi, tal como este seu primogénito. Neste sentido, mesmo que «Ex Machina» tenha ficado aquém do hype que o tornou mais popular, não deixa de ser um interessante filme onde alguns problemas são mais uma vez levantados subjacentes ao "poder" de criar outro "ser" e/ou de forma mais simplista AI. E vemos pela terceira vez este ano (em que saíram os Oscares: «The Revenant» e «Brooklyn») Domhnall Gleeson a abraçar um intenso papel, onde não há sombra de dúvidas que deixa uma boa impressão! Para não falar de Alicia Vikander que, depois de ser vencedora na categoria de Melhor Atriz Secundária nos Oscares, mostra que é versátil com um papel bem diferente do que fez em «The Danish Girl» e em «The Man from U.N.C.L.E».
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