Cinema e Arquitetura: a criação de uma realidade imaginada
Dizem que o cinema é a
interseção de grande parte das Artes: Teatro, Música, Literatura e
Arquitetura são algumas das mais frequentes que merecem destaque.
Desta última, a Arquitetura, podemos retirar os majestosos sets
compostos por todo o tipo de edifícios onde são rodados alguns dos
mais memoráveis filmes. Este elemento é dos mais importantes para a
definição do tipo de espaço onde estamos, seja por questões
sociais ou de cultura. Podemos começar pelo início da história do
cinema, onde de uma realista fábrica de ar imponente saem operários
filmados pelos irmãos Lumiére; sabemos que se trata de um meio
pobre, rotineiro, sem qualquer tipo de ostentação. Saltamos agora
para o futurismo de Metropolis, de Fritz Lang, onde a sombria
ausência humana é substituída pela ocupação artificial cuja
cidade acompanha em visual todo esse ambiente; o mesmo se pode dizer
de Blade Runner. Mais contemporâneo temos Wes Anderson com o seu
espólio de filmes entre a bizarra acidez de um certo humor negro aos
visuais infantilizados como se uma obra de teatro encantada se
tratasse. Os cenários são fundamentais nesse ponto, The Grand
Budapeste Hotel mostra como. Caminhando para outro realizador
conhecido do grande público, temos Quentin Tarantino que ao nos
apresentar histórias como Kill Bill marcou com o uso dos espaços a
ideia de que esta seria passada no Oriente. Manhattan de Woody Allen
também mostra a importância da Arquitetura no cinema, apresentando
a cidade americana como nunca ninguém a viu, sem precisar explicitar
onde estava a ser rodada, mesmo optando por uma narrativa
monocromática. Chegando por fim aos filmes de Stanley Kubrick temos
The Shining que todo ele é uma ode à Arquitectura, usando o espaço
como uma forma de remeter o público à loucura vivida no hotel, cujo
efeito é irrefutável. Mais comercial, mas não menos importante,
temos Christopher Nolan com os seus filmes, destes podemos ressalvar
o uso da estética e Arquitetura em Inception, inesquecível, que faz
toda a diferença para o seguimento da narração, construindo assim
uma realidade imaginada impressionante.
A transformação do
espaço é assim, sem sombra de dúvida, um aspeto vital para todo e
qualquer filme, fazendo com que este seja apreciado e relembrado pelo
espetador.
Welcome back home :)!
ResponderEliminarThank you so much!
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