Como nasce uma diva?

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É sempre controverso no cinema, ou em qualquer outro meio artístico, ser-se considerado uma diva, mas no caso de Audrey Hepburn, lado a lado de outras divas como Marilyn Monroe, Catherine Deneuve, Katherine Hepburn, Ingrid Bergman, Bette Davis, Grace Kelly, Brigitte Bardot, entre outras, esse dilema quase não existe. 

Foi nos anos 50 que começou a fazer filmes, como recepcionista, no menos conhecido "One Wild Oat". A esse seguiu-se uma panóplia de obras que ficou para a história do cinema, mas, de todas, o que terá lançado Hepburn para a ribalta foi, certamente, "Roman Holiday", de William Wyler (conhecido por "Ben Hur").
"Roman Holiday" surpreendeu o público com uma actriz que na altura ainda era uma cara desconhecida em Hollywood. Entre a graciosidade, ousadia, juventude e charme, dona de uma beleza incomum, Audrey fez as delícias do público, críticos e aficionados do cinema clássico durante os anos que se seguiram. De rica a pobre, entre a plebe e a realeza, foram muitos os papéis que a delicada actriz encenou ao longo de vários anos. Mais propriamente 3 décadas, tendo começado nos anos 50, passado pelos 60, com distinção, e terminado a sua carreira, por opção, em 1989 com o filme "Hap". Ainda durante essa deambulação filmíca, ainda hoje são recordados por miúdos e graúdos filmes como "Funny Face", "Charade", "Sabrina" e o que a tornou um ícone do cinema para sempre "Breakfast at Tiffany's". Com um papel bastante ousado, muito por nem ser acessível a todos o seu significado, Hepburn vestiu a pele de uma acompanhante de luxo neurótica, cujo medo de ficar presa a alguém era maior do que o da solidão. O papel foi eternizado para sempre na história do cinema clássico e mesmo na do cinema num sentido mais geral. Ainda hoje podemos ver merchandising inspirado na silhueta da actriz, desde bolsas, a roupa, até os seus adereços, a marca Hepburn sente-se e continua solta por aí. Talvez, a mistura da inocência com audácia e alguma sensualidade tenha sido a receita certa para a prender a este mundo, a sua imagem, a sua forma de andar, falar e vestir, que caracterizavam tão bela actriz.
Audrey Hepburn foi feliz na carreira, mas muitos advogam que não o foi no amor. Depois de dois casamentos, muito sacrifício, tendo sobrevivido à Segunda Grande Guerra, passado a sua vida com problemas do foro alimentar, lutando pela igualdade ao ajudar as crianças carenciadas e, por fim, acabando por morrer vítima de um severo cancro, Hepburn conseguiu brilhar na ribalta não como bailarina ou cantora, como sonhou em criança, mas como diva do cinema, uma das mais belas e misteriosas, que nos aqueceu o coração.
Para sempre, Audrey Hepburn.

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