GUESS THE MOVIE

07:32:00 Unknown 4 Comments

Há algum tempo que não há um "Guess" neste estaminé, mas de volta, ou na tentativa, de relembrar os tempos passados deste blogue, lanço de novo. Espero que sejam rápidos nas vossas respostas, para a semana há mais.

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May the force be with you!

Entrevista ao realizador Leonardo António

16:46:00 Unknown 0 Comments

Com apenas uma curta-metragem a anteceder o seu primeiro e recente filme, Leonardo António estreia-se no cinema nacional com a longa intitulada "O Frágil Som do Meu Motor". No plano internacional, o "Motor" chegou ao estatuto de 'hot', a nível nacional ainda não se sabe bem até onde chegará, mas, estima-se, que o "O Frágil Som do Meu Motor" consiga chegar bem alto e se faça ouvir junto dos portugueses.

Como surgiu a ideia para o filme? O que o inspirou na sua 'confecção'? 
Comecei a ver cinema desde muito cedo, meados dos anos 80, e consegui apanhar aquilo que seria o último fôlego de Hollywood nos anos 90. Desde 2000 que tenho reparado numa repetição formular nos policiais e thrillers, logo tentei inovar, misturando dois géneros, para dois públicos diferentes: ‘o público de Thrillers’ e ‘o público do Drama’. A combinação foi não só para juntar ambos os públicos num só filme - risco que só o futuro me irá dizer se foi ou não bem pensado -, mas também para trazer algo de novo ao género policial. Sinto que pouco ou nada há a dizer da fórmula hollywoodesca, a não ser que se caracterize melhor o background dos intervenientes a partir de um ponto de vista dramático. 
De que trata o filme? 
Da solidão. Do que nos faz e do que é capaz de nos fazer dentro de um universo em que os nossos pais internos fazem muita falta. Obviamente que isto é só um mote para a narrativa. Essa sim retrata a história de uma enfermeira que fez escolhas erradas na sua vida e que só se apercebeu disso quando é puxada para uma teia de paixão, sedução, repleta de dúvida e terror. O filme é um policial que agarrou fórmulas clássicas de suspense e características, como mencionei a priori, de um filme dramático em que existe claramente uma tensão de paixão proibida entre duas personagens num crescendo emocional patente do princípio ao fim. 

Por quê a escolha deste título tão sugestivo? 
Por duas razões. A primeira, porque os títulos dos filmes, hoje em dia, estão cada vez mais usados e estão precisamente pouco sugestivos. Títulos curtos como "vingança", "conspiração", "fuga", o assalto", etc... São vagos, descaracterizados e confundíveis com outros filmes. Desta forma, trará não só um novo título como uma forma de deixar o espectador em expectativa mesmo antes de se sentarem e começarem a ver o filme. A segunda, para dar um toque mais poético a um filme que se agarra à própria poesia para contar uma história. O narrador é um bebé dentro do ventre. A maneira de interagir com o espectador é obviamente através da metáfora poética, pois os bebés não têm pensamentos complexos como os que são retratados no filme. Logo, o título "embala" o espectador numa viagem emocional do narrador. 
De acordo com o imdb, este é um dos seus primeiros trabalhos, como é ver este desde logo reconhecido, principalmente a nível internacional (o The Guardian classificou-o como 'hot', por exemplo)? 
É uma experiência interessante. Não estava à espera de ser mencionado por jornais internacionais, muito menos pelo The Guardian. Foi um artigo curioso em que definiu três filmes Hot e três filmes Not-so-hot. O "Frágil" foi um dos hot. Valeu pela curiosidade. No entanto, fizemos este filme não para ser reconhecidos internacionalmente, mas, sim, nacionalmente. Espero que seja do agrado dos espectadores pois precisamos urgentemente de dar um "jump-start" ao cinema português, esse sim tem um motor bastante frágil e parece que se está a ir abaixo. 

Já tem projectos futuros? Perante tantas dificuldades a nível nacional no que toca ao cinema, pretende continuar a fazer cinema em português ou tem em vista alargar horizontes para o plano internacional? 
Temos variadíssimos projectos. Uns em português, outros nada portugueses. A Recycled Films está a apostar em várias frentes com vários filmes em preparação. Aquele que gritar alto primeiro é o próximo. Dos vários que estão na linha da frente, não tenho favoritos. Gostava de os fazer todos. Alargar horizontes para o plano internacional é algo que espero fazer com o tempo e, naturalmente, não imediatamente. No entanto, acho que hoje em dia já é possível produzir em Portugal lá para fora. É sempre uma boa hipótese e pessoalmente não seria a primeira vez.

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Como nasce uma diva?

07:48:00 Unknown 0 Comments

É sempre controverso no cinema, ou em qualquer outro meio artístico, ser-se considerado uma diva, mas no caso de Audrey Hepburn, lado a lado de outras divas como Marilyn Monroe, Catherine Deneuve, Katherine Hepburn, Ingrid Bergman, Bette Davis, Grace Kelly, Brigitte Bardot, entre outras, esse dilema quase não existe. 

Foi nos anos 50 que começou a fazer filmes, como recepcionista, no menos conhecido "One Wild Oat". A esse seguiu-se uma panóplia de obras que ficou para a história do cinema, mas, de todas, o que terá lançado Hepburn para a ribalta foi, certamente, "Roman Holiday", de William Wyler (conhecido por "Ben Hur").
"Roman Holiday" surpreendeu o público com uma actriz que na altura ainda era uma cara desconhecida em Hollywood. Entre a graciosidade, ousadia, juventude e charme, dona de uma beleza incomum, Audrey fez as delícias do público, críticos e aficionados do cinema clássico durante os anos que se seguiram. De rica a pobre, entre a plebe e a realeza, foram muitos os papéis que a delicada actriz encenou ao longo de vários anos. Mais propriamente 3 décadas, tendo começado nos anos 50, passado pelos 60, com distinção, e terminado a sua carreira, por opção, em 1989 com o filme "Hap". Ainda durante essa deambulação filmíca, ainda hoje são recordados por miúdos e graúdos filmes como "Funny Face", "Charade", "Sabrina" e o que a tornou um ícone do cinema para sempre "Breakfast at Tiffany's". Com um papel bastante ousado, muito por nem ser acessível a todos o seu significado, Hepburn vestiu a pele de uma acompanhante de luxo neurótica, cujo medo de ficar presa a alguém era maior do que o da solidão. O papel foi eternizado para sempre na história do cinema clássico e mesmo na do cinema num sentido mais geral. Ainda hoje podemos ver merchandising inspirado na silhueta da actriz, desde bolsas, a roupa, até os seus adereços, a marca Hepburn sente-se e continua solta por aí. Talvez, a mistura da inocência com audácia e alguma sensualidade tenha sido a receita certa para a prender a este mundo, a sua imagem, a sua forma de andar, falar e vestir, que caracterizavam tão bela actriz.
Audrey Hepburn foi feliz na carreira, mas muitos advogam que não o foi no amor. Depois de dois casamentos, muito sacrifício, tendo sobrevivido à Segunda Grande Guerra, passado a sua vida com problemas do foro alimentar, lutando pela igualdade ao ajudar as crianças carenciadas e, por fim, acabando por morrer vítima de um severo cancro, Hepburn conseguiu brilhar na ribalta não como bailarina ou cantora, como sonhou em criança, mas como diva do cinema, uma das mais belas e misteriosas, que nos aqueceu o coração.
Para sempre, Audrey Hepburn.

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Cinema PT: "O Frágil Som do Meu Motor"

05:59:00 Unknown 0 Comments


"O Frágil Som do Meu Motor" é um filme escrito e realizado por Leonardo António, que anteriormente apenas tinha inerente ao seu nome a curta-metragem "Aqua", com algumas caras conhecidas da ficção portuguesa.

Alexandra Rocha, João Villas-Boas, Gustavo Vargas e Rui Luís Brás, entre outros, são algumas das caras que poderemos ver na grande tela a contracenar nesta mais recente obra do cineasta português, que estreará no dia dos Cravos, dia 25 de Abril, e que terá como banda sonora músicas da autoria de Rodrigo Leão.

Para já, apesar de ser uma produção nacional, não se tem ouvido muito falar da obra de Leonardo António, no entanto, no estrangeiro fez parte da selecção oficial da Mostra Internacional de São Paulo, Novos Realizadores e foi classificado como 'hot' no The Guardian.

Depois de os últimos dois anos terem trazido à ribalta filmes conceituados em português, como é o caso de "Sangue do meu Sangue" e "Tabu", chega-nos mais um de um nome menos conhecido, mas que parece propor-nos algo à partida bem interessante, que passa por um género bastante incomum no cinema nacional: o thriller.

Em breve, será publicada no Cinema's Challenge uma entrevista ao realizador, fiquem atentos.

Dêem também uma olhadela ao trailer do filme:

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