Cenas Comuns

07:27:00 Unknown 7 Comments




Este é um novo passatempo, o objectivo é encontrar um elemento comum a todos estes filmes. Exemplo: O "Padrinho", "Tudo Bons Rapazes", "Donnie Brasco" e "Scarface" serem filmes sobre máfia. Neste sentido, as imagens dos quatro filmes que se encontram acima que elemento comum têm?

7 comments:

May the force be with you!

Crítica: "Passion"(2013), de Brian De Palma

09:28:00 Unknown 2 Comments

Foi com "Censurado" ("Redacted") que Brian de Palma pegou num projecto bastante diferente de tudo o que até agora havia feito: um filme documental que explora a guerra do Iraque e oferece cruamente ao público uma 'realidade'. Agora, cerca de seis anos volvidos, com "Paixão" ("Passion"), o realizador prometia voltar às suas origens, com um filme que reúne mulheres, sexualidade, perigo, sedução e, claro, morte.

A narrativa conta a história de uma dúbia relação entre várias personagens, mas principalmente a de duas mulheres: Christine (Rachel McAdams) e Isabelle (Noomi Rapace). Christine é uma poderosa e charmosa mulher que chefia uma famosa empresa de publicidade, já a segunda, Isabelle, com um ar mais masculino e sombrio, é uma funcionária com vista a ascender profissionalmente graças à sua perspicácia. Ao longo da história, depara-mo-nos com uma forte tensão sexual e competição laboral-romântica entre ambas. Visto isto, torna-se impossível não criar um jogo incessante de intrigas, o qual confunde o público e torna cada cena ainda mais perversa.

Mas se em outros tempos a ousadia de optar por 'femme fatales' foi uma boa decisão de Brian de Palma, em "Paixão" essa opção não colheu os frutos prontamente pretendidos. Temos um conjunto de personagens - na realidade são 4 as mais presentes, Christine, Isabelle, Dani e Dirk - completamente desprovidas da densidade que seria necessária para criar uma boa película de crime-mistério. De todas as personagens, a que mais se ressente é a interpretada por Noomi Rapace (para quem não se lembra foi a actriz que deu corpo ao original sueco "The Girl with the Dragon Tatto" e a "Prometheus", ambos fracos filmes com desempenhos nada admiráveis), esta parece completamente apática e quando não o é, caí no fosso do exagero, assim como todo o filme. Para uma personagem deste calibre seria precisa uma actriz com grande carisma e presença, no entanto a opção por Rapace deitou tudo isso a perder. Mas pior que Rapace são as outras duas personagens secundárias, Dani e Dirk, extremamente pobres e cliché. Por outro lado, McAdams consegue brilhar algumas vezes, mesmo que também seja uma actriz mediana ofusca claramente a personagem de Rapace, mesmo quando provavelmente não é suposto o fazer.
No entanto, a estranheza não se fica por aqui. Também o ambiente americano-europeu, apenas possível pelo local onde supostamente se passa e a nacionalidade das personagens/actrizes, causa alguma confusão ao público, parecendo ainda menos natural o facto de coabitarem todos na mesma empresa/espaço. A soundtrack original, executada por Pino Donaggio, podia ser uma mais-valia, até o é em momentos mais caricatos, mas quando chega aos momentos de tensão/dramáticos, ela boicota os mesmos. Dá a entender o que se vai passar, matando o suspense e denunciando num tom excessivamente melodramático algum acontecimento menos bom. O espectador não tem parte activa no filme para tecer as suas conclusões e o mais grave de tudo é que a base do filme parece ser que a de que o público a tenha, daí o intrincamento de poderosos duvidosos ao longo da trama.

O thriler criminal é demasiado irregular. Tem a marca perdida no tempo de De Palma, todavia isso não basta, pois apostar, como regresso às telas gigantes, num remake de um original com apenas dois anos de existência ("Crime d'amour", do francês Alain Corneau) é quase suicídio cinematográfico. E as reviravoltas das quais "Passion" está repleto são intragáveis. A expectativa tida pelos fãs do realizador de "Carrie" pode ter sido também um factor de peso que deixou o filme ainda mais manchado.

Os detalhes liquidam o filme [Spoiler]. O facto de Isabelle não roubar antes, a Dani, o telemóvel com as provas é, provavelmente, o mais crasso. É demasiado sem sentido e forçado para poder ser credível. Esperamos tempos e tempos para ver algo óbvio acontecer da forma mais, perdoem-me os termos, idiota possível. É como se de repente as personagens passassem do gatinhar para o correr, não há uma evolução lógica e gradual, há apenas autênticas epifanias sem sentido. A tentativa de criar um nó com o fio deixado na primeira parte do filme - a de que Christine teria uma irmã gémea - com o fio atirado à cara do público na segunda parte - o de no funeral aparecer a irmã gémea que afinal sempre existia - é mais um dos exemplos de tentar surpreender o público que não funciona.
Como já é seu costume, De Palma usa e abusa de alguns elementos ao longo do filme. Tal como já mencionei, as belas mulheres, a perversidade, dupla identidade, os jogos sexuais, fetiches, máscaras, tudo muito visual e lascivo. Temos ainda o repetir de planos, já feitos em outros filmes conhecidos, e um certo cheirinho de um realizar que pretende 'copiar' o do genial Hitchcock ou até uma morte a la Argento, mas em vão. O modo como os planos são captados poderia resultar em algo grandioso. Porém o produto final é um misto confuso e desajeitado de tentativas de iludir o público. O jogo de espelhos, o mistério possível com as máscaras, a divisão e sobreposição de ecrãs que captam momentos diferentes (a cena do balé e do crime, que sugere o jogo que a mistura da vida pessoal com a laboral pode ser), as 'provocações' com constantes tentativas de product placement da Apple e Panasonic e os contra-campos em objectos bombardeiam o espectador que acaba por ter uma congestão, das grandes.

A um dado momento não sabemos onde estamos. O fio condutor nunca existiu ou se existiu esse não era real. Envolvimento lésbico, sonho dentro de sonho, um retrato do perigoso universo empresarial, que morre na praia e não leva o veneno feminino ao patamar que este, certamente, consegue alcançar, como em "Femme Fatale".

Nota: 4/10

2 comments:

May the force be with you!

Entrevista a Rúben Alves, realizador do filme "A Gaiola Dourada"

07:28:00 Unknown 6 Comments


Muito se tem falado do novo filme "A Gaiola Dourada" ("La cage dorée", título original), do realizador Rúben Alves. À primeira vista, existem boas razões, pelo menos pelo que visionámos no trailer, para acreditar que é possível fazer uma boa comédia "quase" portuguesa: desde o escárnio inerente a alguns tiques das duas nacionalidades presentes no filme - francesa e tuga - , ao leque de actores bastante diversificado, e já com provas de valor cinematográfico, até a uma agradável composição com ritmo e, ao que parece, com bons diálogos.

Neste sentido, para conhecer melhor a receita deste 'cozinhado' luso-francês, o Cinema's Challenge entrevistou o responsável por esta prometedora obra cinematográfica, Rúben Alves, e  foi este o resultado...


O facto de ser lusodescendente influenciou a temática escolhida para o seu filme?
Claro que sim. Este filme foi feito para homenagear os meus pais e também para retratar os emigrantes portugueses, cujo modo de vida e valores ainda são bastante desconhecidos. Eu estou muito ligado às minhas raízes, ao país dos meus pais: Portugal! Mas o filme anda muito à volta da possibilidade de qualquer emigrante português voltar ao seu país de origem. E muita gente consegue identificar-se com isso.

Como surgiu a ideia para o filme, já que é também o seu argumentista?
Surgiu a partir do meu produtor que me conhece bem e incentivou-me a falar sobre a minha comunidade. É óbvio que tinha muita coisa para falar, mas com receio não escrevi nada sobre o assunto. Mas cheguei aos 30 anos e pensei que finalmente era o bom momento para falar sobre a minha comunidade com madureza.
Como realizador, esta é a sua primeira longa-metragem, porque decidiu apostar nesta experiência?
Porque é vital para mim contar histórias, seja de que forma for... Mas um filme fica para sempre! É uma boa forma de conseguir causar um grande impacto nas pessoas.

Porquê o título - a "Gaiola Dourada"?
Um dia, vi uma reportagem sobre uma porteira portuguesa que trabalhava aqui em Paris. A câmara seguia a senhora durante todo o dia de forma a documentar o quotidiano dela. A última pergunta da reportagem foi: “A senhora está aqui há 40 anos e a reforma está quase a chegar... vai voltar para Portugal?”. A senhora olha para a câmera e diz: “Claro que quero voltar para o meu país.” Depois pensa em silêncio e acrescenta: “Mas ao mesmo tempo, sinto-me tão bem na minha ‘Gaiola Dourada’ ”. Então, comecei a escrever...

O que podemos esperar do filme?
Que os 'portugueses de Portugal' conheçam melhor os seus emigrantes.

6 comments:

May the force be with you!

Jogo: The Departed (O Infiltrado)

14:30:00 Unknown 12 Comments

Qual destas imagens não pertence ao filme "Amores Perros"?


12 comments:

May the force be with you!

Crítica:"Man of Steel"

18:47:00 Unknown 0 Comments


O universo da DC e Marvel há muito que foi invadido pelo cinema. São muitos os filmes sobre personagens da BD que encontraram nos últimos anos um novo formato: a película, cada vez mais executada com 'auxílio' do 3D. "Man of Steel", em conjunto com muitos outros, não foge à excepção, e é mais uma delas. 

Temos heróis com passados arrebatadores. Desde o Spiderman (da Marvel, já à acumular duas adaptações diferentes) à Catwoman (da DC e uma das piores adaptações que tenho memória), que agora vêem nas novas adaptações cinematográficas, da sua história, uma forma de chegaram ao público que nunca foi seguidor das histórias fidedignas e mais profundas dos livros aos quadradinhos. Começou em "Batman Begins", de Nolan, uma saga que misturou os problemas de uma personagem altamente existêncialista, cujas marcas do passado criaram alguém incomum, com o mundo fantástico dos super-heróis coberto de caos e muita acção. Isto é, vêmos o mundo, neste caso da DC, dividido em dois: por um lado é gratuito e cheio de onomatopeias explosivas, efeitos especiais e muito entretenimento, por outro assistimos a um lado que nas histórias originais, ao contrário do que muitos pensam, está presente, falo do lado moralista. Aliás, se pensarmos ainda melhor, e retornarmos uns anos atrás, talvez o génio a explorar este potencial das histórias de super-heroís, muito perto e adaptadas ao quotidiano da vida real, não tenha sido primeiro Christopher Nolan, mas, sim, o realizador de "V for Vendeta", James McTeigue. Apesar do filme de McTeigue ter sido descredibilizado por Alan Moore - um dos argumentistas da história em BD, algo explicado por outros filmes da sua autoria terem sido para si uma desilusão após adaptados, como é o caso de "From Hell" e "The League of Extraordinary Gentlemen" -, hoje é uma obra de culto, exemplar dentro do género fantástico de acção. Mas tudo isto apenas para frisar este lado que emergiu com mais alento nos últimos anos: o realismo que invade o mundo das comic, mudando-o para todo o sempre.

A verdade é que por mais críticas que existam, por exemplo daqueles ainda fãs do universo super-heróico do antigo Batman de Tim Burton, ninguém pode negar que a nova receita faz com que haja uma melhoria nos filmes de super-heróis. No entanto, nem todas as apostas podem resultar bem como na saga de Nolan ou do anti-herói com máscara de Guy Fawkes, e penso que seja isso que acontece em "Man of Steel"; uma mistura esquizofrénica, bastante perdida entre um filme altamente comercial e de entretenimento e um filme moralista e introspectivo. Não há um equilibrio, nem um objectivo traçado para o rumo da personagem, há, antes, uma enorme confusão em encontrar um caminho credivel para tudo o que está acontecer. Zack Snyder, o realizador, tenta enaltecer actos usando clichés ou momentos altamente improváveis, tenta 'deja vus', tenta apelar à infância e memórias, a marcas que fizeram daquele ser humano - Clark Kent - alguém diferente mas que optou pelo caminho do bem. "Man of Steel" joga com essa questão dos valores e metafóricamente com uma personagem-tipo que podia ser qualquer órfão deste mundo. O facto de se ser filho de um vilão ou pertencer a um povo cuja conduta é menos boa, não nos restringe ao caminho do mal, é aquilo que o filme acaba por passar, contudo de forma hiperbólica. Há sempre uma opção, nada está escrito, somos nós que determinamos aquilo que somos pelas nossas acções. Mas não será esta moral um pouco batida, mesmo que correctamente agradável de se apreender? A resposta é relativa, fica para cada um de nós a solução para esta pergunta. Para mim, não é novidade nem me levou a uma epifania, mas soube de algum modo a algo, algo que saboreie e me entreteve durante duas horas e meia. Todavia, não posso ver o filme como uma obra-prima ou futura saga de culto como a de Nolan. Por muito que simbolize a esperança da fé nos 'homens', é apenas um bom filme de super-heróis e, infelizmente, desprovido de elementos que o tornem único e bom na categoria de apenas filme.


Podíamos ter três filmes em apenas este: primeiro os primórdios e o mundo de Kripton, segundo a infância e crescimento de Clark e por fim a descoberta da sua origem. Compactarem tudo em apenas um filme foi um erro crasso. Demasiada informação que não é consumida pelo cérebro do espectador que leva com tudo à pressão, sem tempo de pensar muito sobre aquilo. 

Só depois disto tudo, que em duas horas e meia revelou-se pouco tempo para ser contando, é que, a meu ver, se poderia passar para uma sequela. É fácil de prever que existirá uma, como em qualquer filme de super-heróis, por isso apenas nos resta esperar que hajam melhoras que tornem as personagens e história mais coerentes, tornando os fãs de Superman orgulhosos do senhor que veste cuecas vermelhas por cima da capa.

Até agora tentei não entrar pelo 'spoiler world', mas é inevitável. Temos Clark desempenhado pelo actor Henry Cavill, pode ser bonitão, mas é altamente 'teatral', isto é no mau sentido. O esforço para mostrar que está indignado ou feliz é tanto que notamos os gestos e expressões forçadas do mesmo. Já Lois é das piores escolhas para a personagem feminina de todos os tempos. De atractiva tem pouco, parece inclusive bem mais velha que o nosso herói e cansada pelo tempo. Não há ali química entre os dois, nem ela parece possuir aquela ousadia de que nos é familiar de outras andanças. Nem eu me apaixonaria pela mesma, imagino um 'Superhomem', se é que me percebem.

Mais que tudo, temos um momento tão mas tão sem sentido que é a morte do seu pai adoptivo. A sério que alguém espera de braços cruzados que um tornado engula a pessoa que nos criou? E a resposta certa é...(tan tan tan): NÃO! Apenas o nosso Superhomem super dramático. A tentativa de puxar a lágrima é exagerada. Talvez tenha sido uma tentativa de criar um momento como o de quando Peter Parker acaba por 'pagar' por ter deixado fugir um assaltante, vendo o preço ser a morte do seu tio; contudo, se foi o caso, ficou muito longe de conseguir esse resultado comovente e moralista que a história de "Spiderman" tem. Tornou-se antes uma tentativa de, por ser produzido por Nolan, se parecer com o último Batman na forma de contar a história, ficando por terra por se perder entre a demasiada acção e CGI exagerado, com falas cliché e momentos forçados, apenas agradando os mais convictos fãs dos filmes de super-heróis.

Nota: 6/10

0 comments:

May the force be with you!

Crítica: WWZ- World War Z (2013)

10:47:00 Unknown 0 Comments


Muitos, já desde Romero, têm profetizado nos seus filmes o fim da humanidade, não numa luta de igual para igual em que civilizações se revoltam umas contras outras, não por mero fenómeno natural ou religioso, mas, sim, por intermédio de um vírus voraz que transforma humanos em zombies.

Mais uma vez, os mortos-vivos descem/sobem/continuam à/na terra e aqueles cujos corações ainda batem vêem-se encurralados, enquanto a 'praga' alastra por todo o mundo descontroladamente. Em "WWZ" - "World War Z" - , a história repete-se, tendo, no entanto, um novo facto como novidade: o fenómeno pós-apocalíptico dá-se por todo o mundo, não que os outros não se dêem, mas geralmente a acção concentra-se em apenas um país ou região, nomeadamente os EUA; o "28 dias depois de Danny Boyle" é um desses casos. No entanto, embora essa novidade exista, não é suficiente, o deambular pelos vários pontos do mundo da personagem principal não tem a intensidade, nem continuidade, merecidas. Aliás, de todos, o que se revela mais cativante é o último, que nos reporta a uma base científica da OMS, em Gales. Ao nos deparármos com esse episódio, de repente temos a sensação que a concentração dos argumentistas se cingiu apenas áquele momento, deixando um pouco aquém a restante história. Não fosse eu uma fã incondicional de filmes de zombies e os 'Zeeks' não seriam suficientes para me fazerem sentir que valeu a pena deslocar-me até ao cinema. Há uma mudança brusca de ritmo da narrativa. Mesmo para aqueles que estão alienados do facto de o filme ter sofrido vários problemas de produção, tendo o seu final sido refeito após o primeiro visionamento, nota-se uma mudança brusca de 'estílo'. Temos um início e desenvolvimento marcados por um despoletar de situações que levam Gerry Lane a procurar soluções para não acabar infectado e buscar pela explicação da origem do vírus, mas do nada tudo se transforma tão rapidamente que Lane tem uma epifania e percebe a fraqueza dos zombies. Daí em diante o filme corre a um ritmo fulminante, e ,chegando à OMS, tudo se passa tão depressa que não há tempo para grandes suspenses nem dúvidas de que o final está próximo e o herói não será vergado pelos zombies. O elemento surpresa é de alguma forma morto.


Um dos poucos pontos fortes, nesta adaptação livre do livro de Max Brooks, é Brad Pitt que  encabeça o 'salvador' e protagonista máximo da história (Gerry Lane). A sua prestação é, como não seria de duvidar, digna do peso, que já vai tendo de cada vez que aparece no ecrã. Arrisco a dizer que seria difícil o filme ter a visibilidade e credibilidade que tem aos olhos do espectador caso o actor não figurasse nele. Alguns exemplos que tornam Pitt o trunfo do filme são o facto de apesar das deixas serem um pouco cliché e lamechas, mesmo assim, conseguir fazer com que não soem a algo ridículo, mantendo o nível, que por vezes oscila, da película. A incoerência da sua personagem deita por vezes os seus esforços por água abaixo, pois é apenas um simples investigador da ONU, que do nada é convocado por um conhecido do governo...

Alguns factos irritantes são as filhas terem ataques de gritos ao estílo de Dakota Fanning em "Guerra dos Mundos" ou, ainda, a atitude sem nexo nenhum de expulsarem a família da plataforma para outra região, tentando criar um certo mistério nas mentes do público, mas revelando de modo demasiado seco esse twist - o de que afinal a família de Lane continua bem e que esta não foi deixada à mercê dos zombies. Todavia as expectativas baixas (mais do que as que levei para o "Man of Steel"), muito CGI, (mas penso que não exagerado), uma história que promete sequela, alguma emoção, suspense, exlplosões, ziliões de zombies em pirâmide,  assim como a promessa de a história vir a melhorar nos próximos filmes, com um toque metafórico, parece trazer alguma esperança.


Contudo, quem não tem uma performance nada admirável é Mireille Enos, que desempenha a personagem de Karin Lane. Além de apática, faz com que a possibilidade de ver o marido pela última vez pareça o mesmo que ir ali ao parque comprar um gelado e vir umas horas depois. É um bocado frustrante ver um papel assim quando a ideia de um filme de horror/acção de mortos-vivos costuma envolver caos e mais caos e não a paciência e calma de um Ghandi. Enos parece muito pouco natural e a sua personagem revela uma falta de pulso da realização incrível. Marc Forster não esteve muito bem em vários aspectos já apontados por todo o filme. É inegável, porém, apesar das duras críticas, que o filme confere o entretenimento médio de um filme do género. O 3D serve por meia dúzia de vezes para reforçar o impulso para a plateia saltar da cadeira. A banda-sonora e a fotografia, com a ajuda da sua comparsa, a acção, enchem o olho daqueles que gostam de um bom filme de zombies comercial, com tudo aquilo que têm direito: morte, um interessante protagonista, alguns momentos bizarros, suspense, acção e, claro, muitos e muitos zombies!

Nota: 7/10

0 comments:

May the force be with you!