O Cinema's Challenge é um espaço sobre cinema, onde poderá encontrar diversos artigos sobre o tema. Desde reportagens a críticas, o mundo da sétima arte é abordado, em todas as suas vertentes, aqui. Visite-nos!
Por aqui o sentimento de surpresa não foi sentido. E julgo que desse lado isso também não aconteceu. A verdade é que a entrega das estatuetas decorreu exactamente como o esperado, foi uma noite sem surpresas e os resultados foram ao encontro das previsões feitas pelos analistas. O galardoar do "Discurso do Rei" como Melhor Filme, Natalie Portman como Melhor Actriz, Colin Firth como Melhor Actor, Chritian Bale como Melhor Actor Secundário, etc... A revelação de um ou outro nome ainda criou uns segundos de suspense e dúvida, mas essa acabou rapidamente dada a velocidade em que este a ano a gala parece ter decorrido. Das duas uma, ou é 8 ou 80: ou a Academia faz uma cerimónia conservadora e interminável ou faz algo diferente e de uma fugacidade exagerada, pelo menos no meu psicológico foi assim que percepcionei a gala. Que parece estar 'mais para lá do que para cá'; a morrer aos poucos.
De inicio nem desgostei, até confesso que estava receptiva aos dois jovens que tomaram o comando este ano - James Franco e Anne Hathaway-, porém a uma certa altura já nem me lembrava que existiam, apareciam mais vezes actores random do que os destacados para apresentar uma das cerimónias mais importantes do mundo do cinema. Hathaway tentou ter piada, mas apenas me fez lembrar a sua personagem mais terrível do filme "Diária da Princesa", Franco actualizava mais o seu FB do que animava a gala.Parece que a solução não é também por jovens a dirigir uma gala daquele calibre.
Confesso que tenho pena que algo tão mítico que é a Gala dos Óscares se tenha tornado em algo sem magia e cada vez mais banal. Onde filmes espantosos nunca chegam a ser considerados sequer em alguma categoria, quer por serem de realizadores menos conhecidos ou prestigiados, quer por serem estrangeiros, quer por terem saído muito cedo nas salas do cinema, ou simplesmente porque não. São eles "Shutter Island", "Cópia Certificada" ou mesmo "Blue Valentine" que apenas foi mencionado a propósito da nomeação de Michelle Williams para a categoria de Melhor Actriz. Para não falar da forma como ignoraram Nolan a não lhe darem a nomeação para Melhor Realizador sequer. Ainda falam das injustiças para com a "Rede Social", que de longe considero não ser merecedora de qualquer prémio além da montagem e soundtrack original.
Deste encontro de estrelas ficam também as lembranças de filmes geniais que levaram para casa pouco mais do que vitórias em categorias 'técnicas' - "Inception", a vitória de actriz principal - "Black Swan" ou, por fim,num caso ainda mais gritante, ir para casa com uma mão atrás e outra à frente, que é como quem diz: Sem nada - "True Grit". O Rei que gaguejava, por outro lado recebeu bem mais do que esperava, falou e falou bem levando o prémio que é talvez considerado como mais o importante, além das numerosas nomeações, não se ficou por apenas um, acumulando mais 3 - o de melhor realizador, actor e argumento original. No fim de contas, o Rei manda. E realmente mandou.
Para os menos afortunados, que não poderão assistir em director através da sua tv à cerimónia dos Óscares, deixo aqui algumas alternativas para conseguirem acompanhar aquele que é um dos eventos do ano mais aguardados pelos cinéfilos. Mesmo que a gala se tenha degradado ao longo dos anos e a academia seja demasiado conservadora, é impossível ficarmos indiferentes a uma iniciativa que reúne todos os anos aqueles que nos dão oportunidade de ver as mais belas obras da 7ªArte.
(Antes de começar a ler a crítica clique no primeiro vídeo que se encontra abaixo com a soundtrack do filme.Obrigada!)
Agoniante. Impressionante. Inquietante. Realista. Espirituoso. Perturbante. Emocionante – até ao último minuto. São estes alguns dos adjectivos possíveis, porque, mesmo para mim, parecem insuficientes, para descrever a 1h30 de acontecimentos a que assisti e me conduziram a uma simbiose de sentimentos. À partida mediante a premissa que o filme nos apresenta pensamos que nos vamos deparar com algo potencialmente monótono e cliché, todavia “127 Horas” escapa desse lugar - comum em que recaem a maioria dos filmes baseados em factos reais, e fá-lo com sobriedade, sem grandes lérias pelo meio, limitando-se a contar a história biográfica de Aron Ralston. Saliento este ponto porque é algo que em outros filmes também recentes como em “The Social Network” não vimos acontecer, ou pelo menos eu não vi. Assistimos aqui a uma personagem que poderia ser qualquer um de nós, que se lembra de um dia acordar e partir rumo ao desconhecido, sem deixar um simples bilhete ou atender mais um telefonema antes de seguir viagem, sem avisar ninguém, sem ter consciência de que algo poderia correr mal. Sem grandes invenções ou fantasias, o filme permite-nos fazer uma viagem intensa e profunda sem sequer sairmos do Grand Canyon. Sofremos e ansiamos um desfecho juntamente com a personagem Aron. A uma certa altura devo arriscar dizer que quase nos sentimos presos aquela maldita rocha. A uma altura, confesso, que me deparo a mexer no meu próprio braço e a sentir um pouco daquela aflição. A uma dada altura somos quase a personagem de Franco que esperou e desesperou 127 horas por uma segunda chance. A uma dada altura mergulhamos de cabeça e emergimos no filme, como nos habituou Boyle. E a grande rocha passa a representar algo mais do que um material inanimado, representa o peso de uma vida, da sobrevivência, da luta por poder fazer melhor e de uma segunda oportunidade. Quantas vezes não achamos que somos invencíveis, que nada nos derruba e não temos medo da morte. Quantas vezes cometemos erros e não temos a oportunidade de voltar atrás. Quantas?...É assim que esta história nos põe a reflectir sobre nós próprios a uma dada altura. Alguns consideram “Transpotting” ou “Slumdog Millionaire” a obra-prima de Boyle. Eu arrisco a dizer que “127 Hours” será o mais perto de uma grande obra e um filme de culto daqui a alguns anos. E bem merece isso! Numa altura em que o cinema está cada vez menos criativo, Boyle ardilosamente passa para o ecrã a receita perfeita para uma boa história que prende o público até ao fim e o faz sentir parte do filme ou alguém próximo que está a sofrer paralelamente com a personagem principal. Sem sair do espaço que tem menos de um metro quadrado, o realizador consegue concentrar tanta matéria que deixa qualquer um estonteado com o que assiste. Desde uma performance incrível de James Franco (que provavelmente será o papel da sua vida e assenta como uma luva - cujo valor nunca duvidei mas também nunca tinha comprovado por falta de hipóteses), a uma banda sonora agradável e bem pensada, a um ritmo intenso, ofegante e cativante, assim como um cenário absolutamente belo, mas que se torna sinistro, o filme de Boyle reúne isto e muito mais que acaba por ser indescritível e apenas possível de compreender empiricamente, vendo o filme do cineasta. And the Oscar goes to… James Franco. Isto se fosse eu a decidir quem seria o vencedor da categoria para Melhor Actor. Mas a realidade é que não sou. E, possivelmente, a academia não será da mesma opinião a menos que este ano, além da aposta numa gala menos antiquada, também apostem em vencedores menos previsíveis e até lhes dê jeito dar a vitória ao actor que dá corpo ao filme do realizador galardoado em 2009 com “Slumdog Millionaire”. A verdade é que sem James Franco o filme não teria a mesma magnitude, Boyle não seria tão eficaz sozinho. Provavelmente, não será um dos grandes vencedores das estatuetas douradas, mas tenho a esperança que a seu tempo o seu valor seja reconhecido. A fotografia é também aprazível o qb, os planos paralelos funcionam na perfeição e dão um toque de acção ao filme, assim como a velocidade que este tem inicialmente que acaba por contrastar com a situação posterior em que a personagem se vê metida. Irónico, mas resulta bem. Outro ponto a ressalvar, são os momentos de ironia deliciosos a que somos brindados, de loucura, ao mesmo tempo que sentimos que não aguentamos mais ver a personagem naquela situação e só queremos que consiga resistir, que aguente mais um pouco… os flashbacks também funcionam na perfeição, acabando por ser um jogo entre o público e quem dirigiu o filme, pois dá-nos alguma esperança e confunde-nos por uns minutos, tirando pouco depois o tapete sem aviso prévio ao espectador, tal como acontece com o personagem ao longo de todo o filme.
É já dia 27 de Fevereiro a tão aguardada (ou não) gala de entrega de Óscares. A cerimónia vai contar assim com a sua 83º edição, dirigida por James Franco e Anne Hathaway. Uma dupla jovem que está a ter bastante sucesso no momento, sendo, quiçá, também esta uma tentativa da academia contrariar as más línguas relativas ao seu conservadorismo.
Devo recordar as nomeações (que considero mais importante destacar):
Melhor actriz secundária: Amy Adams, The Fighter; Helena Bonham Carter, The King’s Speech; Melissa Leo, The Fighter; Hailee Steinfeld, True Grit; Jacki Weaver, Animal Kingdom
Melhor actor secundário: Christian Bale, John Hawkes, Jeremy Renner, Mark Ruffalo, Geoffrey Rush
Melhor actriz: Annette Bening, Nicole Kidman, Jennifer Lawrence, Natalie Portman, Michelle Williams
Melhor actor: Javier Bardem, Jeff Bridges, Jesse Eisenberg, Colin Firth, James Franco
Melhor realizador: Darren Aronofsky, David O. Russell, Tom Hooper, David Fincher, Joel Coen and Ethan Coen
Melhor filme: Black Swan, The Fighter, Inception, The Kids Are All Right, The King’s Speech, 127 Hours, The Social Network, Toy Story 3, True Grit, Winter’s Bone
Hoje é a abertura oficial do Fantasporto.Com pena minha não poderei comparecer, espero que amanhã não hajam mais contratempos do destino.
Bem, passando ao que importa, hoje o grande auditório vai contar com o filme "The Resident", de Anti Jokinen, que conta com a actriz Hillary Swank ( "Boys don't Cry" e "Million Dollar Baby") como protagonista deste thriller, assim como o veterano britânico Christopher Lee. Mas antes deste, passa "Kinematograf", de Tomek Baginski (10min).
No entanto, às 24h00, passará uma vez mais "The Resident" para aqueles que não tiveram oportunidade de o ver na sessão das 21h15.
21.15h – The Resident – Anti Jokinen – GB/EUA – 91 min (SO Première)
24.00h – The Resident – Anti Jokinen – GB/EUA – 91 min (SO Première)
Nomeado para 6 Óscar: Melhor Filme, Melhor Actor Principal ( para James Franco), Melhor Argumento Adaptado, Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora e Música Original.
23h15-"I Saw the Devil", de Ji-woon Kim. Do realizador sul coreano, vencedor do Fantasporto em 2004 com “A História de Duas Irmãs – A Tale of Two Sisters”, chega-nos este conto sobre vingança com o protagonista de “Old Boy”, o actor Choi Min-Sik, na pele de um psicopata sádico.
A contagem decrescente para o Fantas 2011 começou oficialmente aqui no Cinema's Challenge! É já esta segunda-feira, dia 21, que começa o pré-Fantasporto e cujas atenções se centram no filme de Danny Boyle, "127 Hours", que será exibido em ante-estreia nacional. Na mesma noite, poderemos também ver na grande tela do Rivoli o filme coreano"I Saw the Devil", de Ji-woon Kim.
No dia 22, podemos contar com "Reykjavik Whale Watching Massacre", do realizador Júlíus Kemp ("The bothersome man"), assim como "A Serbian Film", de Srdjan Spasojevic (o seu primeiro filme), que promete dar que falar já pela sinopse e trailer e se destaca entre os filmes em competição .
Na quarta-feira é a vez do filme "The Chameleon", de Jean Paul Salomé Can, ser exibido, tal como "Bedevilled", de Chul-soo Yang.
Por fim, dia 24, o Rivoli conta com a presença das metragens "The Last Employee", de Alexander Adolph Ale, e "Carancho", de Pablo Trapero Arg.
O dia 25 de Fevereiro será o dia oficial de abertura do Festival de cinema portuense.
Para aproveitar a onda de falsos documentários, tal como "Paranormal Activity" ou "The Last Exorcism", "Apollo 18" foi apressado e chegará potencialmente às salas de cinema já em Março. Esperemos que a pressa não seja inimiga da perfeição, desta vez!
Esta semana presenteio-vos com mais um "wtf" movie, sim, eu sei que já é habitual e tal, mas, desta vez, fugi um pouco ao cinema nipónico e presenteio-vos com algo igualmente creepy. Digamos que ás vezes ser pequeno pode assustar ainda mais do que ser grande, ou pode ser só da minha imaginação. Vejam e opinem.
Relembro que o Festival FantasPorto está aí à porta, um dos filmes que se destacam, na extensa e diversificada lista, é "127Hours", de Danny Boyle. Deixo aqui mais uma vez o endereço do site.
Também está aí a chegar o Festival de Animação Monstra, que tem lugar em Lisboa. Não tendo, no entanto, o prestigio e magnitude do Festival de Cinema Fantástico, que tem lugar no Norte do país, este também tem vindo a apresentar algumas escolhas interessantes nos últimos anos.
Para os que acharam de inicio o novo fato do Aranha um bocado amaricado, esta nova foto contraria essa afirmação. Pelo menos é o que tenho visto pela cineblogosfera e o que acho.
Para quem é novo cá por estas bandas, retorno com a rubrica que lancei anda este ano, cujo fim é confrontar duas grandes personalidades do cinema e encontrar o vencedor desse desafio. Os argumentos para achar aquele que se pensa ser "melhor" podem ir desde a escolha de filmes, ao nível de desempenho das personagens, ao sucesso na carreira no global, etc. O que importa é que argumentem fundamentadamente e decidam!
Têm aqui mais uma amostra de como o cinema nipónico pode ser original que se farte, saltando entre o 'wtf' e o muito 'wtf'... É verdade, meus caros, se o cinema se resigna-se a originalidade, certamente este tipo de filmes seriam premiados com mais de meia dúzia de estatuetas douradas, mas, no entanto, não é bem assim que se passa no mundo real, por isso no máximo dos máximos levaria para casa um Razzie ou um montão deles, para sermos mais justos ! "Mutant Girl Squad" faz jus ao que até agora foi publicado nesta rubrica, para o provar deixo aqui o trailer que é uma pérola das grandes, braços de caranguejo, membros de polvo e muitas mais surpresas. É isto que vos espera.
Pelo que circula nos media, a Academia de Hollywood está com um pé atrás relativamente à presença de Banksy, o incógnito artista britânico também nomeado na categoria de Melhor Documentário -“Exit Through The Gift Shop”-, na gala de entrega dos Óscares, uma vez que surgiram rumores que indicam que este irá subir ao palco com uma máscara de macaco.
Segundo um dos membros esta preocupação é justificada da seguinte maneira: “Se esse filme ganhar e cinco pessoas com uma máscara de macaco subirem ao palco, a quem damos nós a estatueta?”. Também Tom Sherak, Presidente da Academia, dá o seu parecer, indo mais longe, declarando que se Banksy "não está confortável em revelar a sua identidade então é melhor nem surgir em palco, vindo outra pessoa em seu nome receber o prémio". Pode ser que o artista deixe a sua marca por lá, uma possível surpresa então para a gala que parece conservadora demais para um anónimo tão destemido! No entanto, no Festival de Sundance, lugar onde estreou o seu documentário, este não apareceu, deixando apenas em ruas próximas a sua marca. “Exit Through The Gift Shop” vai continuar inédito em Portugal. Mesmo que já por diversas vezes se tenha anunciado a sua estreia.
Devo confessar que a única coisa que me atraiu neste trailer foi o actor já conhecido por excelentes papéis em séries como Six Feet Under e Dexter,sim, estou a falar de Michael C.Hall.Vejamos o que sai daqui.
Para quem acha que já viu de tudo, não perca um dos achados do ano, um vídeo do spiderman versão japonesa!Qual Garfield, qual Tobey, qual quê?! Japaspidey é o que está a dar!
Recentemente a jovem actriz da saga Twilight recusou o papel de Lois no reboot que se avizinha de Superman, dizem as 'más línguas' que fez um favor a Hollywood e ao público em geral, e vocês o que acham?Depois de "Runaways", "Adventureland" entre outros filmes vampirescos e amaricados, acham que a actriz estaria pronta para um papel deste calibre?
Tweet
Já se encontra disponibilizou na net o poster de "Shrapnel", um filme que marca o regresso de John McTiernan como realizador, sendo este mais conhecido por filmes como “Die Hard” e “The 13th Warrior” . Tweet
7 comments:
May the force be with you!